trinta e cinco

31.1.13
trinta e cincotrinta e cinco

Hoje não vou estar por aqui.
Vou sair.
Vou comer francesinhas e beber finos (eu sei, igual ao ano passado, mas eu sou assim, fico contente com o mesmo).
Vou para a rua e desligar o computador, não sei o que me reserva o dia, mas não interessa, fico satisfeita com ar de respirar e paisagens a passar nos meus olhos, mais um bolo feito com as miúdas e a companhia do Filipe. 
Fiz estas fotos para guardar as minhas marcas do tempo e também para vos dizer olá. Há coisas que estão na mesma, outras mudam. Este blog, vai-me acompanhando e tem sido um sítio onde gosto de voltar todos os dias para me revisitar a mim própria e também para perceber como as coisas vão mudando.
Tenho vários cabelos brancos, e os meus olhos têm marcas permanentes do tempo, intensificando-se com o cansaço...rugas, é isso, não é? Tudo bem. Estamos bem.
Estou contente comigo, acho que algumas coisas têm vindo a melhorar com o tempo. Estou menos ansiosa, menos nervosa e mais segura.
Este ano quero muito de mim, quero fazer com que esta vida das 'ideias' resulte de uma vez por todas e não esteja sempre a bater em pedra dura. Trinta e cinco anos poderia pressupor um auge qualquer profissional, eu por aqui continuo a tentar, a procurar o meu lugar neste mundo e o equilíbrio entre o que eu sei fazer, o que consigo fazer e o que quero e gosto de fazer. No futuro não encontro qualquer certeza, mas encontro trabalho no presente e isso já me deixa satisfeita.

Sinto cada vez mais a falta dos meus pais.
Sinto cada vez mais a velhice dos outros e percebo e temo a solidão, como nunca antes percebi. Enquanto construo a minha própria família, acarinho e cuido dos meus, sinto a falta de quem me cuide, do amor e apoio incondicional que apenas os pais conseguem dar aos filhos. E com a idade essa necessidade não desaparece, não é porque somos crescidos que temos de saber cuidar de nós, não. Mas se calhar é quando somos crescidos que conhecemos estes sentimentos, de perda, de ausência e de solidão. Vamos aprendendo a viver com eles, fazem parte de nós, mas não são menos sofridos.
Mas são também estes sentimentos que por vezes me dão a clareza da vida, que impedem que viva contrariada, que me lembro, dia após dia, que a vida é agora e que nada me pode/deve impedir de estar bem.
E são apenas os meus trinta e cinco anos que conseguiram fazer com que eu escrevesse isto.
Um grande dia para vocês também!

querido mês de janeiro

28.1.13
as mesmas portaso mesmo chãovida nova

Vamos lá a ver se nos entendemos:
Chega de nos bater em forma de chuva, vento e desgraças generalizadas.
Chega de notícias desastrosas na televisão.
Chega de gente doente cá em casa.
Chega de receber pequenos inquilinos na minha cama todas as noites e acabar sempre a dormir com a cabeça na mesa lateral.
Chega de caos no meu trabalho.
Chega de coisas feias nas lojas (serei só eu, ou este Inverno foi o horror generalizado?).
Chega.

Eu e tu temos uma 'coisa'. És o meu mês. O primeiro do ano. Aquele em que tudo é novo. Em que mudo de idade. O mês dos Aquarianos.
Este ano anda tudo a correr mal, por isso tens até quinta-feira para me dares um sol de Inverno dos bons e um presente de aniversário à maneira. Vamos lá a pôr isto tudo como deve ser!
Tenho dito.

this is all about style

20.1.13
Após a tempestade e estando tudo de pernas para o ar por aqui, apetece-me tudo menos falar da actualidade e da realidade tão cinzenta que nos acompanha.
Apesar de nos últimos tempos muita tinta ter corrido sobre as imagens de moda na blogosfera, acho que cada um tem o seu propósito e eu gosto de pessoas e sítios que fazem o que fazem bem feito, seja em que área for.
Por isso aqui ficam alguma imagens do Tommy Ton - Street Fighting Men (via Miss Moss).
Estas são as minhas escolhas (cor e uns gorros quentinhos na cabeça deixam sempre este Inverno mais divertido):











dançar ao ritmo da vida

16.1.13
Dancing 1935

Hoje, quando fiz o post do Quarto de Mudança sobre a Divine Shape e coloquei lá a música que inspirou o projecto, esta, lembrei-me dos muitos momentos que tive ao som desta música.
Noites intermináveis com amigos em caves pequenas e escuras com música bem alto. Horas a dançar como se não houvesse amanhã e ver o amanhã chegar a caminho de casa.
O ritmo hoje é outro, a vida também, mas a vontade de dançar até cair continua a ser a mesma:D
Fica aqui a música que tem um dos melhores vídeos que conheço, vale bem a pena ver!

 

e tu? já foste maluco hoje?

13.1.13


Depois da polémica dos últimos dias com a campanha da Samsung (sim, porque para mim o buzz deve ser à volta da campanha, o resto pouco interessa) vemos o oposto.
Marcas que sabem, como verdadeiros mestres, colocar-nos um sorriso nos lábios. Mesmo!
Vais a correr beber coca-cola? Não. Mas cada vez que ouves o nome ou vês o símbolo associas a algo positivo e até esqueces que não é grande coisa para a saúde.
Isto meus senhores são ideias de mestre. O resto, é conversa.
E agora 'let's go crazy', shall we?

the revolution of connection

9.1.13

The Icarus Deception from Squarespace on Vimeo.

Estava para ver este vídeo há uns dias. Provavelmente ia cair no esquecimento. Mas ainda bem que não caiu.
Hoje fez-me mesmo bem ver este pequeno vídeo.
As coisas por aqui estão caóticas. Acordo cansada e deito-me sem qualquer resto de energia. Penso que hoje é que é e que vou conseguir fazer tudo o que está por fazer, que no banho me vai surgir mais uma ideia que tanto preciso para terminar aquele trabalho. Mas isso não acontece. E sinto o cansaço na minha cabeça. E pergunto-me quantas mais ideias o meu cérebro tem? Será que a criatividade seca? E à noite quando em vez de tentar fazer mais alguma coisa começo a ter vontade de ver telenovelas, coisa que não faço há anos, sei que é esse medo, esse cansaço da ideia que devia chegar e não chega e do medo que isso me começa a fazer.

E sim, eu estou a falar do Quarto de Mudança e do meu trabalho e do Pedro por lá. Tem sido uma viagem e tanto os últimos meses, temos esticado o tempo, a nossa velocidade mental e de aprendizagem até ao limite. E sim, temos tantas, mas tantas ideias para fazer o projecto crescer que não sabemos nem por onde começar. Porque não temos conseguido começar nada, de tão atrapalhados que andamos a tentar acabar.

Mas este vídeo deu-me uma luz nova ao meu dia, porque por mais presunçoso que isto possa parecer, eu acho que aquilo que nós fazemos e o que temos na cabeça para ainda vir a fazer, faz com que nós façamos parte desta revolução. Da revolução das ligações. De um mundo em que tudo é possível e que tu podes ser e fazer o que quiseres, com coragem, energia e muito, muito trabalho. Não interessa se vives na capital ou se és uma pessoa de relações ou se vives num subúrbio qualquer que ninguém conhece. Isso já não é mais importante. O importante é 'look, I've made this' e todos nós podemos fazer tudo o que quisermos e mostrar ao mundo. Está aqui ao nosso alcance. Resta-nos sonhar e fazer acontecer!

Pessoas do Quarto de Mudança que esperam pelos vossos trabalhos estarem prontos, não entrem em pânico com este post por favor. Tudo o que eu disse aqui é verdade e estes tempos têm sido muito duros para nós. Mas tudo se resolve.
O texto que se segue é um pouco daquilo que nós sentimos e que nos leva a seguir sempre em frente, apesar de haver muitos e muitos momentos em que sentimos que passamos os dias a 'limpar casas de banho'. Cá vai:


"The facilities at DisneyWorld are clean. It's not a profit center, of course. They don't make them clean because they're going to charge you to use them. They make them clean because if they didn't, you'd have a reason not to come.

It turns out that just about everything we do involves cleaning the bathrooms. Creating an environment where care and trust are expressed. If you take a lot of time to ask, "how will this pay off," you're probably asking the wrong question. When you are trusted because you care, it's quite likely the revenue will take care of itself."


Seth Godin

(o vídeo foi descoberto no blog que muito admiro: swiss miss)

quando for grande quero um cabelo destes

7.1.13
(todas as imagens de Nadia Esra)

Pois parece que crescida eu já sou.
Ando num ultimato de deixar crescer o meu cabelo, pois acho que é quase como que uma última oportunidade para o fazer. Com a minha pouca paciência para penteados e cabelos longos sei que vai chegar o dia em que eu vou usar um corte (dos bons!) e que o vou manter durante muito tempo. Depois, também vai chegar o dia em que vou ter todos os meus cabelos brancos e aí sim, vou deixar o cabelo crescer para o usar diariamente apanhado num puxo atrás, com travessas douradas. Bem à senhora idosa de 70 anos, adoro!
Mas o meu sonho era um cabelão destes, com um ar de quem acabou de tomar banho no mar, sabem como é?
Comprido para fazer todos os penteados possíveis e imaginários e assim numa cor bem forte. No entanto, há coisas que na minha opinião devem ser naturais, não acho que cabelos destes 'se fabriquem' (se calhar com muito esforço). Não tenho paciência para visitas semanais ao cabeleireiro nem para tintas ou alisadores/frisadores de cabelo. Não condiz comigo e nós temos, acima de tudo de nos conhecer a nós próprios e tirar o melhor partido possível. Por isso, depois de deixar crescer mais um pouco o meu cabelo, vou voltar ao meu cabeleireiro original que me fez o corte que mais adorei em toda a minha vida, uns anos antes de ser mãe. Se calhar já não está na moda, mas não interessa, comigo funcionava tão, mas tão bem, que quando o cortei na altura achei que não mudava nunca mais (até o cabelo me começar a cair após a gravidez).
É um corte com várias alturas, com a cara bem limpa e livre de cabelos, para ver tudo como deve ser. É giro, mas tem de ser muito bem cortado, ou o risco de parecer um jogador da bola é enorme!
Quando o fizer, ficam prometidas fotos!

Uma boa semana para todos.

Odĕ by Yokoo Gibran

2.1.13

Odĕ. from Yokoo on Vimeo.