o quintal da maura

30.3.14

Este tempo cinzento só me deixa com mais vontade de rumar a sul. Começar a preparar as melhorias que quero fazer este ano na Maura e pensar em férias, família, visitas e amigos.
Tudo coisas boas, portanto.
Às vezes perco-me a ver o facebook do Visit Lagoa onde fizeram um levantamento exaustivo de todas as praias daquela zona, incluindo as que só se tem acesso por barco (sim, parece o paraíso!) e com lindas fotos e filmes do mar. É bom demais!

Encontrei no outro dia esta foto da praia que fica mesmo em frente à Casa Maura Ana. Não é vigiada nem concessionada, fica escondida atrás de um hotel, é super pequena, na maré alta quase não temos acesso e por isso é muito pouco conhecida e visitada.
Agora com as crianças não vou lá tanto mas passei muitos anos da minha adolescência por aqui, sair de casa só com o biquini e a tolha, mergulhar, saltar das rochas, voltar para casa, ir outra vez, sem pressas nem complicações ou preocupações.
E ainda me lembro de ser miúda e esta praia não ter mesmo acesso, nem escadas nem rua, nem nada, e irmos com o nosso tio, de pedra em pedra, salto em salto até à praia. Miúdos pequenos, vários, joelhos esmurrados, toalha na cabeça, não havia cá stresses nem coisas, era tudo muito mais simples, não era?

Chama-se Vale do Côvo.
Como é lindo este nosso Algarve!

Casa maura Ana

um momento para respirar

29.3.14
Luzes. Acção! #portugalfashion#ballentina #portugalfashionCool and loose @ #portugalfashion#concreto #portugalfashion Quando olho para o meu blog, o sítio onde mais gosto de vir na internet e vejo que não passei por aqui uma semana inteira sei que algo está mal.
Têm sido dias de muito trabalho, andar de um sítio para outro, muita pressão pelo peso daquilo que ainda não está pronto e devia estar e um cansaço brutal a invadir-me o corpo e a cabeça.
Hoje o sol espreitou e resolvi ir respirar um pouco de ar para encher o corpo de coragem para encarar as noitadas que vou ter de fazer nos próximos dias.

Pela primeira vez fui convidada para ir ao Portugal Fashion (obrigada Cheyenne e Ballentina) e sinceramente não tive muito tempo para criar qualquer expectativa pela falta de tempo nesta semana e por isso fui de mente e espírito aberto para ver coisas bonitas.

E foi isso que aconteceu no desfile 'industry' onde fiquei especialmente agradada com algumas das propostas da Cheyenne e da Concreto.
Roupas descontraídas e divertidas, no feminino e no masculino, malhas, padrões e cor (quem é que aguenta mais preto, afinal? Eu não!), sendo de destacar a naturalidade dos rapazes na passarela (porque é que para os homens isto parece tão mais fácil?).
E depois, cá fora esperava-nos um Porto de sol em festa com a rua das Flores à pinha de gente, música, comida e bebida por todo o lado e um melting pot de pessoas e linguagens que por vezes nos faz sentir numas das metrópoles mais cosmopolitas da Europa...ou espera...estamos mesmo, não é?

E agora mãos ao trabalho!
Bom fim-de-semana pessoas.

#porto

três

24.3.14

Fez ontem três anos que tive a experiência de parto mais incrível que podia ter imaginado. Tão simples e fácil e natural que eu nem queria acreditar que o meu corpo podia ser tão poderoso.
Desde então que achei que controlava o mundo da maternidade. Apenas um dia no hospital, amamentar sem problemas e ao fim de três dias sentia-me em forma.
Simples.
Achei que tudo ia ficar em controlo com esta miúda gira de olhos claros, grande e redondinha. Até que surgiu a personalidade, a dela, sim, o bebé já vinha com feitio próprio. Esse feitio incluía não gostar de estranhos e detestar que lhe fizessem 'gugu dada' fosse em que situação fosse, mostrando o poder dos seus pulmões a viva força em qualquer lugar.
Ela não tinha fome, dormia bem, tínhamos uma vida calma e confortável, apenas não gostava que a chateassem. Já se viam algumas pontas de personalidade de uma miúda que não gosta que lhe segurem a mão quando anda na rua.
É a Simone. Gira e bem disposta, com um feitio muito próprio que assusta os mais desprevenidos. Gosta de animais e de correr sem limites, saltar a dois pés e chatear a irmã.
Fala pouco, mas canta como ninguém e move-se acrobaticamente por todas as zonas da casa, incluindo janelas, sofás e corrimões.
Não é fácil de dominar, faz braços de ferro com tudo o que quer, mas desarma qualquer um com um sorriso malandro e expressivo, como só ela sabe fazer.
É a nossa miúda, para mim ainda o bebé que sinto sempre dentro de mim, com mãos e pernas rechonchudas que me assalta a cama durante a noite e dorme a abraçar-me.
Só receio o dia em que ela corra mais rápido do que eu e seja impossível alcançá-la. Como todas as mães só quero dormir abraçada por estes braços pequeninos até....ao resto dos meus dias!

cadeiras da escola @ la redoute

21.3.14

Quem não se lembra deste tipo de cadeiras em todas as escolas públicas?

Falo delas ali no blog da La Redoute, se quiserem dar uma espreitadela.

this is all about style - UASZ

19.3.14

Das centenas/milhares de blogs que mostram as roupas que as suas autoras usam no dia-a-dia, este é o único que me consegue inspirar - Um ano sem Zara.
Não significa que gosto de tudo o que a Joanna veste, mas sim, que as opções dela são verdadeiramente originais sem serem demasiado produzidas nem um catálogo da Zara ou da HM. Depois ainda podemos contar com boas fotos e poses simples e bonitas, o que é ainda mais raro!
Este conjunto ficou-me no olho...eu diria até mesmo que é perfeito!

to red or not to red

18.3.14
Ponham o dedo no ar as raparigas que pintam os lábios de vermelho!
Só?
Pois, que pintar os lábios nos dias que correm já é uma grande coisa, mas pintar de vermelho é quase um desafio.
No facebook apareceram algumas amigas a falar de batons vermelhos e as suas fotos giras e coloridas. Lançou-se a conversa e eu que gosto de coisas coloridas e pessoal divertido juntei-me, pois claro.

Já tenho o meu batôm vermelho da Lâncome há mais de um ano e adoro. Ok, confesso que não consigo pintar os lábios de vermelho todos os dias, nem quero, mas adoro quando o faço. É desafiante! O que eu mais gosto é de lábios vermelhos com um estilo descontraído e não demasiado cuidado. Andar de sapatilhas, calças largas uma t-shirt e pamba, pintar os lábios de vermelho!
Diverte-me, o que vos posso dizer?

Fiquem com o vídeo da Lisa, que é a guru destas coisas e explica sempre tudo o que há para saber!

Achados de Domingo

16.3.14
#achadosdedomingo (no blog) #achadosdedomingo (no blog) #achadosdedomingo (no blog) Cada vez gosto mais de ir a feiras de velharias, de preferência em cidades pequenas ou vilas ao Domingos.
É uma hora que passeio por entre pessoas e coisas, ao ar livre e com um ambiente muito descontraído. Hoje estava sol e depois da péssima semana que tive, precisava mesmo de apanhar ar fora 'daqui'.

Foi um dos dias em que vi coisas mais bonitas, se tivesse muito dinheiro podia lá ter deixado várias centenas de euros, encontrei um serviço completo de sacavém, às flores, embrulhado num jornal dos anos 70, intacto. Eu fiquei histérica mas o vendedor sabia bem o que tinha e pediu-me muitas centenas de euros por ele e eu não estava disposta a tal. Era lindo!

Encontrei esta colcha (sim é uma colcha de cama de casal!), impecável e com os tecidos mais bonitos que já vi, é tão linda e deixou-me tão feliz que valeu pelo dia. Agora vou falar com a minha avó para lhe darmos um acabamento mais bonito, e quando estiver pronta, tiro uma foto em condições, com ela estendida para vocês verem. É super linda! Um verdadeiro achado!

O lenço comprei numa senhora que já me conhece e me chamou de propósito para o ver. Convidou-me também para visitar uma arrecadação com roupa vintage que 'sabe que eu vou gostar' e a minha cabeça começou a voar, voar e pensar pensar...ultimamente têm vindo ter comigo algumas pessoas com um mesmo propósito, será um sinal?

Boa semana para todos!
Obrigada pela boa recepção que tiveram ao meu último post, fico super feliz quando vejo esta internet positiva, como alguém no outro dia me dizia ter um mural feliz é algo que faz toda a diferença, faz mesmo, e um blog feliz e cheio de gente boa onda também!
Obrigada por estarem por aí!

[eu gosto é de blogs]: boop

13.3.14
Apesar dos ossos do ofício que me fazem olhar para páginas todos os dias, continuo a vibrar sempre que descubro um blog que gosto. É como se estivesse a acrescentar companhia (da boa) aos meus dias.
Sei que quando tomo o meu café tenho mais um sítio para passear e me deliciar.

Pois foi exactamente isso que senti quando descobri o blog da Daniela, o Boop. Fiquei apaixonada pelas fotografias e pelos passeios que ela me leva a fazer pelo Porto, que tanto adoro. Sinto como que se saísse com uma amiga e fossemos fazer um bom programa.
A Daniela leva-nos pelas ruas do Porto e mostra-nos o seu olhar único sobre uma cidade e lugares que ela conhece como a palma da própria mão. Também vamos por vezes de férias com a Daniela e os amigos e vemos os lugares, a comida, os amigos em volta de uma mesa, de um piquenique, de uma boa comida com muita conversa.
E depois, para tornar tudo ainda melhor temos pequenos apontamentos do estilo da Daniela, que não vão deixar ninguém indiferente, pelo menos a mim não deixam!



Quando descubro estas portas de casas virtuais que adoro, gosto de bater a ver se vem alguém à porta para trocar dois dedos de conversa. E não é que a Daniela apareceu logo?
Fiz-lhe algumas perguntas que ela simpaticamente respondeu e que partilho aqui com vocês, pois sei que vão gostar tanto como eu de ler as respostas!

Um bom dia para todos!

Nome: Daniela Marqueiro
3 palavras sobre ti: Determinação, fantasia e curiosidade
Idade: 33 anos
Ocupação: Designer Gráfica e professora
Presenças web: www.boopblog.com | www.instagram/boopblog | www.facebook.com/boopblog

1 - 'Boop', de onde vem este nome e o que significa para ti? 
O Boop surgiu da vontade de partilhar algumas experiências pessoais que tenho na cidade do Porto. Como sempre tive dificuldade em criar nomes, recorri a fórmulas com sílabas, relacionadas com blog e porto/oporto. Também sabia que queria um nome pequeno, para ser fácil de identificar e memorizar. Resultou Boop.

2 - Porquê ter um blog?
O blog foi a ferramenta que me possibilitou criar este espaço de partilha, através da publicação de fotografias que ilustrassem os momentos e experiências que tenho na cidade, os cafés e restaurantes que frequento, as ruas por onde passo, e todos os locais que me motivam para fotografar. Sempre fui uma apaixonada pelo Porto e gostaria que o Boop fosse um reflexo disso, uma atitude pessoal, de alguém que sente vontade de viver a cidade e acredita que o pode fazer.

3 - A fotografia do teu blog prende-nos no primeiro minuto que o visitamos. És a autora de todas as fotos? Qual a tua relação com a fotografia?
Sou autora de quase todas as fotografias. Às vezes recorro à ajuda do meu namorado ou de quem estiver comigo no momento em que preciso de fotografar alguma situação específica. Normalmente preparo a máquina e fotografo primeiro para exemplificar os enquadramentos, porque é mais fácil para compreenderem o que pretendo. Embora as imagens que publico não sejam totalmente planeadas, por vezes procuro algo concreto. Enquanto designer gráfica, sempre trabalhei com fotografia e isso exigiu uma constante pesquisa e atualização, mas não me considero por isso uma fotógrafa profissional. Gosto simplesmente de fotografar porque me permite “congelar” momentos que vivencio e que quero partilhar.



4 - O Porto está quase em cada um dos teus posts. Nasceste no Porto? Qual a tua relação com a cidade?
Nasci no Porto, cresci no Porto e sempre vivi no Porto. Representa a minha cidade, a minha família, os meus cães e os meus amigos. Tenho uma paixão imensa pela Invicta, pela sua arquitetura, pelas pessoas, pelos locais, pelas ruas e pela luz, mesmo nos dias mais cinzentos. Também considero um privilégio estar tão perto do rio e do mar. A minha relação com a cidade sempre foi de grande proximidade e cumplicidade. Quando comecei a fotografar, utilizei-a como “cenário” porque precisava de uma motivação para aprender a fotografar. Mas não pretendia partilhar o Porto como uma cidade turística. Senti uma necessidade de transmitir com as minhas fotografias uma visão pessoal de quem utiliza a cidade como outra pessoa qualquer e, se possível, fazer do Porto um lugar onde apeteça viver. 

5 - Publicas muitos sítios que visitas no Porto: restaurantes, cafés, etc. O teu blog pretende ser também um pouco 'guia' para quem visita a cidade? 
Sempre gostei muito de passear no Porto, de frequentar alguns locais mais antigos e tradicionais, conhecer espaços novos, mas principalmente restaurantes e cafés porque são espaços que caracterizam as cidades e as pessoas que os frequentam. Também gosto muito de gastronomia. Sentar-me à mesa e deliciar os sentidos é sem dúvida um dos meus grandes prazeres. Depois de começar a partilhar os primeiros posts sobre alguns locais no Porto, surgiu um feedback positivo de amigos e outras pessoas que visitavam o Boop, e decidi então continuar a partilhar. Por vezes, também recebo emails de pessoas que visitaram a cidade pela primeira vez e aproveitaram para incluir no roteiro os locais que sugeri, o que é sem dúvida gratificante. Neste sentido, acho que o Boop pode ser um um pouco guia na descoberta da Invicta, sugerindo espaços para visitar e ajudando a fazer algumas escolhas.

6 - És leitora assídua de muitos blogs? Quais?
Neste momento gostaria de ter mais tempo para passear na blogosfera. Se pudesse perdia horas. Acompanho alguns blogs nacionais e estrangeiros de lifestyle, moda, interiores e culinária, que estão sempre nos meus favoritos: Seoul State of Mind, Lolita, Tales of Endearment, Park&Cube, Marta Vargas, The Coveteur, Blue Bird, Weekdaycarnival, Tapas na Língua, Paperkite Photography, Editer, Garance Doré, Raparigas como Nós, Kinfolk, Froufrouu, In The Mood For Food, Nancy Zhang, Little Upside Down Cake, Clavel´s Cook, Chilli com Todos, e outros.



7 - Em Portugal assistimos a um crescente lançamento de blogs de todo o tipo na Internet. Será que a nossa geração tem muito a dizer/mostrar ao mundo, ou estaremos a assistir a uma moda que em breve poderá ser substituída por outra? Qual a tua opinião sobre a 'blogosfera' portuguesa?
Conheço vários blogues portugueses de grande qualidade que acompanho há alguns anos e se destacam pela pertinência dos temas tratados. Ficaria muito triste se desaparecessem. Na minha opinião a blogosfera portuguesa é igual às outras, podemos encontrar blogues que vão de encontro a todos os tipos de preferências. Basta fazer uma pesquisa e selecionar de acordo com interesses de cada um.

8 - Qual o caminho que gostavas que o boop percorresse nos próximos tempos? 
Gostaria que continuasse a percorrer o mesmo caminho, mas com atualizações mais frequentes. Tenho outras ideias para desenvolver e muitos espaços para partilhar.
O Boop acaba por ser um prolongamento de mim própria, pois partilho apenas aquilo de que realmente gosto. Quando publico um post sobre um local ou um produto específico é porque me identifico com ele e acho que vale a pena dar a conhecer.
Na minha conta de instagram, por exemplo, não tenho tanto esse cuidado. Vou partilhando simplesmente experiências momentâneas. Com o tempo percebi que ter um blogue requer muito tempo e dedicação, e sendo o Boop um blogue individual depende só de mim e da minha disponibilidade. No último ano tornou-se complicado estar tão atualizado quanto gostaria. Voltei a estudar e compatibilizar a vida de designer, professora e estudante transformou-me num verdadeiro desafio. Mas é uma fase apenas.

9 - Se o teu blog tivesse banda sonora, o que poderíamos estar a ouvir agora? 
Talvez algumas músicas de Lykke Li, Cocorosie...


)

23:57

12.3.14
O lado cor-de-rosa da engenharia:)
Sílvia...vai dormir!

(este blog também pode servir para simular uma conversa entre mim e mim e partilhar estes momentos surreais da vida de uma rapariga que estica o tempo e o cansaço até ao limite)

Fui.

lost in living - hoje!

8.3.14
Hoje e só hoje, o filme 'Lost in Living' está disponível no vimeo para quem quiser aproveitar e ver um documentário sobre a vida de 4 mulheres, mães e artistas.
Leiam a descrição original, deitem os miúdos, acomodem-se em frente ao ecrã acompanhadas do que mais gostam de beber e comer e vejam. Vai valer a pena!

"Behind the domestic curtain of motherhood, where the creative impulse can flourish or languish, are four women determined to make a go of it. Filmed over seven years, Lost In Living, confronts the contradictions inherent in personal ambition and self-sacrifice, female friendship and mental isolation, big projects and dirty dishes. The complex realities of family life unfold in this documentary film about the messy intersection of motherhood and artistic expression.


This movie is an in-depth exploration of a domain normally off-limits – illumination of private experience, events that happen behind closed doors and the unveiling of one’s most personal, private and conflicted thoughts about life, family, artistic expression and self-image.

Lost In Living is not a traditional Hero Story. Hero stories are great. We love to be inspired by the long shot, the renegade, the against all odds success. But we also long to see our own more nuanced and less formulaic experiences presented to us for reflection and identification.

Lost in Living follows four remarkable women, all artists as well as mothers. Through intimate, verite scenes, and in-depth interviews, this film illuminates how the choice of being a mother can affect one’s art and approach to creativity. Further, the film explores parenting expectations and failures, issues of friendship and marriage, the monotony of domestic routines, and most importantly it looks at who we are in the world and how we all struggle with the balance of family commitment and personal work.

Kristina and Caren are two of the main characters in Lost In Living. When I met them in 2005, they were best friends, both pregnant, and both artists. I was there when they gave birth and then as they moved through the transition to motherhood. I continued to film them until their children started kindergarten, an important step towards independence for both mother and child.

To contrast these young mothers I chose two women, Margie and Merrill, who had already experienced the early years of motherhood and were now forging relationships with their adult children. Their stories offer insight and reflection about different generational choices regarding career and parenting. Having access to their spouses and adult children enabled me to gain deeper insight into the difficulty of how one does or doesn’t achieve the delicate balance between work and home.

Kristina, a filmmaker, and Caren, a painter, embark on a journey that takes them through difficult career choices, challenges in their friendship, turning 40, parenting struggles, rejection and acclaim for their work and a redefinition of their feminist ideals. Merrill and Margie, both with adult children and many years of child-rearing experience, recall their triumphs and mistakes. Merrill is a writer with three adult daughters. She published more than 25 books, was a former fellow of the Wallace Stegner Writing Workshop and decided to quit altogether. Margie, a divorced mother of seven, is a painter. Painting saved her from the deadening dullness of being a housewife and mother and the strains of an unhappy marriage. As she enjoys late life recognition her youngest children go off to college. These four women’s stories illustrate in different and often similar ways the internally driven desire to explore their deeply held conflicts and passions. For them art competes with other passions in their lives and the richness of their lives enriches their art.

Lost In Living is a funny and poignant film about four mothers and their struggles and triumphs to raise children and make art. The movie resonates with anyone who has had to confront the trials of personal dreams and family obligations."

reorganizar, reciclar e reduzir @ la redoute

7.3.14

A necessidade de arrumação e libertação do espaço à minha volta tem sido uma preocupação que trago comigo nos últimos tempos. Estou empenhada em fazer mudanças no meu espaço e na forma como o ocupo.
Os armários são prioritários pois só com a sua organização é que consigo manter as coisas no sítio. O post desta semana na la redoute foi exactamente sobre isso, pois sinto que nem para as peças mais bonitas tenho espaço e lá no meio, todas amarrotadas, de bonitas até me começam a parecer feias.
E atenção que o meu armário tem apenas 2 portas, uso 5 gavetas e tenho aproximadamente 20 pares de sapatos, incluindo todas as estações do ano e todo o tipo de calçado. Nem imagino como fazem aquelas pessoas que possuem centenas de pares de sapatos, e centenas de peças de roupa de todos os géneros e feitios. Não sei mesmo. Devem alugar um armazém:)
Hoje nem de propósito a Dora escreveu no blog dela sobre o processo de libertação do excesso de roupa que a prejudicava e impedia que se concentrasse no que era mesmo importante para ela. Pelos vistos vai-nos falar noutros posts sobre como tudo aconteceu e eu vou ficar atenta, pois não só gosto da escrita dela, mas também da clareza com que vê estas coisas.
Gostava de vos falar também da minha...mas tenho sérias dúvidas sobre os meus resultados. A ver vamos!

(fotografia do catálogo da la redoute)

seis

6.3.14
Pronto, começou a pré adolescência cá em casa :D Faz hoje seis anos que bati com os dois pés no fundo e comecei a nadar para cima.
Quando finalmente coloquei a cabeça fora de água tinha nas minhas mãos o ser mais belo que alguma vez vi.
Ali estava eu a ser mãe quando tinha deixado de ter uma.
Tudo mudou.
O sol, a lua, as marés, os meus olhos, o meu coração, tudo cresceu em tempo e em espaço. O meu centro passou a localizar-se bem longe do meu umbigo. E aquele calor de um ser pequenino aqueceu toda a minha alma que estava maltratada pela vida.

Ela é a Lígia. Faz hoje seis anos. Cresce tão rápido que nem acredito quando lhe compro sapatos 33. Já é difícil caber no meu colo, mas eu estou sempre a embalá-la. Todos os dias quando a deixo na escola e a vou buscar quero trazê-la ao colo.
Mas ela cresceu e anda ao meu lado, fala comigo, aprecia as coisas bonitas, faz perguntas. Tantas perguntas que me deixam cheia de dúvidas.

Mas uma certeza eu tenho, os seus passos pequeninos e desajeitados são agora grandes e seguros. Mas continuo aqui sempre a dar-lhe a mão. Nem sempre ela precisa da minha mão para caminhar, mas eu preciso para sempre da dela!

I could work here

4.3.14
Estou numa fase em que sinto que algumas coisas devem mudar. O local de trabalho é uma delas. Se aquilo que eu imagino como ideal não é viável para mim, outras coisas terão de ser repensadas e adaptadas.
Agora vocês começam a pensar...'mas esta rapariga é tolinha? está sempre a pensar em mudar?'.
Sim, está-me no sangue e no cérebro. Não consigo explicar, mas tenho dificuldade em me acomodar com as coisas. Por vezes é extenuante, acreditem, mas sinto quando o meu radar está alerta e percebo que tenho de mudar coisas para me reajustar.
Esta cabana foi criada para ser o local de trabalho de um escritor (vejam os links abaixo) e por isso vemos, que todas as pessoas têm necessidade de ter um local onde o seu cérebro se possa isolar na sua criação, no seu trabalho, sem o ruído das outras preocupações a atrapalhar.
Ok, este é um super local, bem sabemos, mas já que se recolhe inspiração, que seja a melhor possível, certo?
Por aqui, preciso de horas para organizar, limpar e libertar espaço.
Estar a trabalhar num local atolhado de tralha anda a dar cabo de mim. Partilho o escritório com o homem cá de casa e digo-vos pessoas, somos muito diferentes, e partilhar este espaço com ele é um desafio. Mas a verdade é que quem o invadiu fui eu e não ele, por isso não posso me queixar alto, apenas aqui no blog:D
Entretanto vou sonhando...alto!
Sinto que trabalhar em casa, para quem tem filhos é um desafio maior, porque imagino na altura em que vivia sozinha e acho que nessa fase seria muito fácil fazer da minha casa o meu local de trabalho. Agora já é bem mais difícil. A casa precisa de espaço para todos, e de ter espaço para partilharmos a mesma actividade, para estarmos juntos sem outras preocupações, ora para quem tem o trabalho sempre ali ao lado a chamar é muito difícil essa divisão.
Mas vamos nos adaptando. Não há vidas perfeitas, nem locais perfeitos, apenas o que nós fazemos deles, e é bom que seja o melhor.

Bom Carnaval pessoas!

[Todas as imagens © Wai Ming Ng | Via: ignant]

da maternidade

3.3.14
#miudasgiras #rua #praia #aguda #ligia Eu sou a mãe que sou eu sendo mãe.
Não tenho classificação possível para esse meu papel, porque é uma coisa natural tal como sou eu sendo mulher ou sou eu sendo humana.
Não sei se faço melhor ou pior do que outras, e pouco me interessa como as outras o fazem, porque outras mulheres não sou eu.
Amar incondicionalmente os nossos filhos é um lugar comum, poucos não amam, se bem que haverá quem o faça de formas diferentes.
A verdade é que ultimamente questiono-me quanto a muita coisa, ando a passar uma fase complicada cá em casa (5 anos + 2 anos) e sinto que a paciência que tenho para lidar com as birras e implicâncias diárias é pouca, muito pouca, e depois das discussões, dos castigos, dos choros e das birras, sinto-me a pior de todas as mães num ranking que nunca consultei.

Para mim não há fórmulas, há que ir passando as fases uma a uma, como podemos e sabemos. As minhas duas filhas são muito diferentes e percebo que são diferentes se sozinhas ou juntas.
Hoje ou ler o post do practising simplicity lembrei-me disso mesmo, principalmente ao que à mais velha diz respeito, ela precisa de algum tempo só para ela. Tempo em que não estejamos a tentar resolver conflitos com a mais nova. E até mesmo esta, que é muito mais rebelde e difícil de controlar, talvez gostasse de sair a solo um ou outro dia. E fazia-nos bem, tenho a certeza.
Mas o tempo é aquela coisa lixada que nos está sempre a escorregar por entre os dedos. E por isso a minha filha me pergunta, 'porque são todos os dias iguais?' e a única resposta que me ocorre é dizer algo estupidamente adulto do tipo 'é a vida filha, é a vida'. Lá vou tentando relembrar-lhe coisas que vamos fazendo, que por vezes achamos que são uma grande coisa e que eles esquecem em menos de uma semana. Crianças e adultos têm uma noção de tempo e de presente/passado/futuro muito diferente.

Para o ano vem a escola primária e uma sensação muito estranha de que estamos perante uma super decisão, quando escolhemos a escola para onde vão. Ouço falar de futuros tão distantes como a universidade, o que vai ser quando crescer, quem serão os seus amigos, etc, etc, que fico a explodir em conceitos e preocupações de uma sociedade complexa, exigente, que coloca os filhos num pedestal e prepara cuidadosamente todos os momentos das suas vidas.

Gostava de viver num país em que só existisse a escola pública, igual para todos, com as melhores condições que o país pudesse dar e que fosse lá que cada um crescesse e se formasse de acordo com as suas vontades e aptidões. Esta crescente entrada do privado na educação deixa-nos num limbo, e a eterna questão de que 'será que o dinheiro tudo pode comprar'?
Eu quero acreditar que não.


um raio de sol

1.3.14

Ando um pouco em modo OFF. Menos vida online, mais resoluções na vida física.
Às vezes tenho esta necessidade, quando percebo que tudo o que vejo e sinto por estes caminhos virtuais não está a conseguir 'chegar até mim' em modo de inspiração, informação, prazer, diversão, desligo um bocado. Trabalho normalmente, mas navego menos. E resulta. Parece que fico com mais espaço para deixar entrar o bom.
Uma boa amiga minha falou comigo no outro dia sobre os efeitos nefastos de não resolver o 'destralhamento' na minha casa e sobre como isso me afecta psicologicamente e até em termos de rendimento no trabalho que também faço a partir de casa. E por isso estes dias têm sido passados a planear alterações, arrumações e resoluções.

Nem de propósito, hoje numa passagem rápida pelo FB a primeira coisa que vejo é uma entrada da Ana Heleno e do blog Sneak Peeks. E assim fiquei inundada de raios de sol, do meu Algarve que tantas saudades deixa e de uma artista cujas obras me deixam uma sensação muito boa, que eu ainda não sei explicar, se é que estas coisas se explicam - Meinke Flesseman.

A Ana iniciou uma série no blog dela em que visita casas de artistas mulheres que vivem em Portugal. E não podia ter começado melhor com a casa da Meinke em Olhão.
Assim entraram uns bons raios de sol pelo meu computador e deixaram em mim um sorriso rasgado e uma boa sensação na alma.
É mesmo pessoas, as imagens podem deixar sensações destas, assim como as palavras e por isso estas pequenas janelas para o mundo podem ser mágicas, temos é de deixar entrar o sol!

Visitem o blog da Ana para ver toda a visita e vejam o site da Meinke para se deliciarem com arte daquela mesmo 'à séria'!






(todas as fotografias deste post pertencem ao blog Sneak Peeks).