kolonaki: roupa para mulheres

30.6.14


Uma das coisas que mais me irrita na fast fashion das grandes superfícies é o ver e rever a moda teenager para adultos. Não estamos a falar de se vestir descontraidamente, ou de forma confortável, nem em trocar as calças de gangas por fatos diariamente, não, de todo, quem seria eu para dizer tal coisa, mas tal como há roupas e estilos reservados à mulher adulta nos quais as miúdas ficam a roçar o ridículo, o contrário também acontece.
Há certas coisas que por melhor que o corpo de uma mulher esteja em termos de formas, pura e simplesmente já não lhe fica bem. Assumir e abraçar isso é bom, muito bom, porque permite delimitar territórios, coisas de mulheres x coisas de miúdas.
Geralmente há uma fase em que começamos a dar mais importância ao detalhe, à qualidade das coisas, ao corte, aos tecidos, a uns bons sapatos, etc.
Eu adiei isso muito tempo, consigo vestir roupas de há 10 anos atrás, mas já não me sinto da mesma maneira, servem-me mas não servem o meu propósito, o meu eu.
Mas confesso que muitas vezes ando no limbo, entre o que é fácil para mim, pois já visto há décadas, e aquilo que eu acho que me fica melhor, mas que muitas vezes não me dou ao trabalho de arriscar, porque me parece mais difícil.

Como inspiração, ficam aqui umas saias e blusas muito 'ladylike', com tecidos bonitos e formas bem delineadas. E que me parecem valer cada um dos euros que custam.
A marca chama-se 'kolonaki', é espanhola e podem visitar a loja online aqui.



Luísa Spínola: Fábrica da Criatividade

28.6.14
A Luísa é uma artista madeirense que também tem andado a dar 'umas pinceladas' por aqui nos blogs e que eu admiro muito!

Ela trabalha muito com crianças e adultos em ateliers e cursos artísticos e tem vindo a desenvolver um projecto muito interessante na Madeira: o 'Atelier Gatafunhos'.

Pois este atelier quer crescer, quer ter mãos, braços e pernas para andar porque a Luísa ainda tem muito para dar e a arte e criatividade não têm limites. Ela está a pedir ajuda através de um crowdfunding e eu não poderia deixar de ajudar na sua divulgação para que a palavra se espalhe por essa internet fora. Fiquem aqui com a Luísa a explicar o seu projecto ao vivo e a cores e se quiserem saber mais consultem este link.

Boa sorte Luísa!

[etsy favourites]: clothingshow

26.6.14

Simples.
Leve.
Solto.
Relaxado.
Alguns adjectivos que me levam a ficar fã desta loja no etsy: clothing show

 (via frankie magazine)

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[fui alertada após a publicação deste post para a possível manufactura em grande escala deste tipo de items em fábricas chinesas, o que vai contra o princípio de venda do etsy. Pelo que vi na web o etsy tem se debatido com muitas queixas neste sentido no que diz respeito aos vendedores chineses. Não vou apagar o post, porque realmente gosto das peças e não tenho como confirmar a sua origem. Deixo aqui apenas a preocupação sobre o assunto e a chamada de atenção]

a minha pequena grande filha

23.6.14
O meu bebé cresceu! Quando olho para ela não sei para onde voou o tempo:) Tem 6 anos.
Vai para a escola primária em Setembro.
Foi a Lisboa num passeio da escola e mal se despediu de mim.
Quer que eu lhe diga no que é que ela é muito boa e deixa-me preocupada esta preocupação.
Tenta ler todos os rótulos e palavras que lhe aparecem na frente.
Está sempre pegada com a irmã.
Disse-me que estava indecisa entre ser dona de casa (perguntou-me primeiro se essa profissão ainda existia) e ter uma quinta com animais e horta, ou ser uma 'pop star'.
Nem sei que lhe diga.
Sou um desastre a explicar a vida às crianças. Deixo-as aprender por elas. Faço questão em deixar tudo em aberto. Às vezes quando dou por mim estou a usar clichés para lhes explicar as coisas. Clichés que nem eu própria acredito. Melhor não dizer nada, deixá-las sonhar, pensar e experimentar.
Não aceita as minhas sugestões sobre a roupa e acha que eu não 'tenho mesmo muito jeito' para cozinhar.
Muitos dias ando preocupada com ela, com o feitio difícil, com as sismas, com a dificuldade em lidar com as coisas que não consegue fazer tão bem como gostaria. Preocupa-me todos os aspectos da vida, que se magoe, que se desiluda, começo a sentir que eu controlo pouca coisa, muitas opções já têm de ser feitas por elas, eu apenas posso aconselhar e estar por perto. Ela tem de aprender pelos seus meios.

Diz que me ama daqui até à lua infinitas vezes.
Perguntou-me se eu não quero dar a volta ao mundo com ela.
Disse-lhe que sim.

how cool is that? made with code

20.6.14
Tenho uma formação académica na área de engenharia. Muitas vezes me perguntei o que andava eu fazer por lá. Muitas vezes conclui que nada.
Mas hoje sei que me enganei. A minha formação deu-me algo que poucas dão: a capacidade de resolver problemas abstractos. Coisas que não são concretas, que só vemos com uma boa dose de imaginação, abstracção e resiliência.
Hoje, incrivelmente interesso-me mais por coisas 'geek' do que alguma vez pensei interessar-me.
Hoje, gostava que as minhas filhas aprendessem código e ciências dos computadores na escola como aprendem inglês, matemática ou música. Não precisam de ser engenheiras, podem ser o que quiserem, apenas queria que percebessem as maravilhas de dominar linguagens variadas, que não só lhes permitem falar, mas acima de tudo criar.
Nos EUA este pensamento já se está a disseminar, fala-se e pensa-se muito sobre isso, sobre a importância de aprender e ensinar qual é a linguagem que os computadores falam.
São ferramentas.
São poderosas.
E sim, podem ser muito charmosas!

DE MALAS E CABEÇA AVIADAS @ la redoute

18.6.14
O meu último post ali no Magazine de Tendências da La Redoute é sobre a minha mala de Verão.
A perfeita, não a que geralmente faço, porque eu caio sempre em exageros. Mas isto no formato virtual é bem mais simples e objectivo. No Verão não precisamos de muito para estar sempre bem e bonitas. Se quiserem espreitar as minhas escolhas é só ir aqui.

cata-vento

17.6.14
flowers not vintage
Desde o tempo de miúda em que visitava com a minha mãe a loja da D. Berta no Lumiére que eu sonhava em ter uma loja vintage. Naquela altura esta expressão nem existia, mas eu só imaginava que aquela senhora passava a vida a procurar tesouros nos sótãos das casas mais bonitas do Porto. E do mundo. Sim, porque para mim, aquela senhora com óculos pontiagudos, sapatos roxos e chapéu na cabeça havia de viajar muito pelo mundo. Como eu um dia faria. Isto de andar na escola era apenas uma ponte para uma vida 'desviada' que eu sonhava ter. Entre bastidores de teatro e pubs de final de tarde em Londres, eu seria uma destas excêntricas que apenas o mundo poderia classificar.

Bem, deixemo-nos de histórias, que todos vocês sabem que eu hoje estou mais para 'geek' e dona de casa do que outra coisa, lá está, o mundo terá de esperar por mim e eu terei de continuar a sonhar com ele. Nunca se sabe.

Fico muito feliz por poder ver e visitar tanta coisa boa a aparecer no Porto que recupera tantas memórias e imaginários de casas e vidas passadas, que recicla e valoriza o que um dia foi nosso, e traz à nossa cidade todo um ecletismo que as mega stores nunca vão conseguir trazer. E o Porto é propício para isso, porque de todas as cidades do país sempre foi a que mais charme emanou nas ruas. Digo eu, que sou suspeita!

Há umas semanas atrás fui com a minha melhor amiga desanuviar as ideias e visitar a casa aberta das irmãs Ana e Patrícia, criadoras da loja Cata-vento Vintage. Foi uma surpresa tão boa visitar a casa delas, o bom gosto é uma coisa que não tem preço nem idade e que se sente facilmente em quem o detém. E elas têm muito bom gosto. A loja delas é a prova disso mesmo e as peças que elas seleccionam são escolhidas minuciosamente para fazerem parte deste pequeno tesouro que é o Cata-vento.

Aproveitei para tirar algumas fotos, trazer mais umas peças para mim, experimentar roupa e falar um pouco com elas, sobre este mundo das velharias, da segunda-mão e do vintage em Portugal.
Querem entrar e conhecer a Cata-vento melhor? Venham:

cata-vento (vintage shop)cata-vento (vintage shop)cata-vento (vintage shop)

Nome(s): Ana Carolina e Patrícia Jorge
Idade: 36 e 38 anos
Ocupação: à procura de novos futuros
Presenças web: Facebook Cata Vento
3 palavras sobre o cata-vento: amor pelos pedaços do passado


1 - O vintage é algo recente na vossa vida ou já tem, tal como as peças, um longo passado? 

O bichinho do vintage está dentro de nós há bastante tempo. Sempre fomos ‘recolectoras’ de objectos e pedaços do passado. Primeiro por nostalgia das coisas que tinhámos em casa das nossas avós: objectos da cozinha, peças de roupa, sapatos, malas, botões, revistas de Moda (a nossa tia-avó era modista!), brinquedos, “o infinito e mais além. As cores, as linhas, os desenhos, a tipografia, são elementos que sempre nos fascinaram.
Rapidamente ficámos viciadas em coleccionar tralha e entusiasmadas com a possibilidade de ir montando “puzzles” de objectos com história.

2 - Como surgiu o cata-vento? 

Uma paixão partilhada por duas irmãs e uma vontade muito grande de fazer aquilo que gostam: andar a caçar tesouros de outros tempos. E bom, como já não temos mais armários e espaço para guardar tamanha tralhice, decidimos que seria interessante partilhar esta nossa paixão com as demais pessoas.

3 - Quem vos visita o que pode esperar encontrar? 

Por um lado, aquilo que já é designado como o ‘malódromo’, onde vamos expondo diferentes tipos de malas e carteiras. Depois armários recheados com peças de roupa, loiças, objectos de decoração de décadas passadas, bem como algumas peças de mobiliário.

4 - As vossas peças são exclusivamente portuguesas ou também vêm de fora? O que vocês acham do vintage português vs o de outros países? 

Em termos de objectos para o lar damos bastante importância a peças genuinamente portuguesas: garrafas térmicas da Fergel ou da Lusotermo, plásticos da Plasfil, da Figueira da Foz ou de Leiria e loiças de marcas históricas como Sacavém, Raul da Bernarda, Coimbra, Candal, Vista Alegre, Viana ou Sado Internacional. Claro que também temos coisas de outros países, em particular peças de roupa e carteiras. Não estamos dedicadas em exclusividade a uma única proveniência.

5 - Como é que se vive de vintage em Portugal? Há mercado em termos de procura e de material para alimentar um negócio? 

Há mercado e muito por explorar, agora há um interesse muito grande pelas maravilhas do design industrial e o nosso país tem uma herança industrial muito forte. A tipografia das zonas comerciais também ganharam muitos entusiastas.
É muito curioso perceber padrões reveladores da nossa história. Por exemplo, as malas e carteiras até aos anos 80 eram muito sóbrias, é raro encontrar peças de cores que fujam ao preto-castanho-azul e roupa que seja justa. As peças dos anos oitenta são ilustrativas da mudança, da utilização de cores, ou da quantidade de peças disponível.
Quando compramos noutros países percebemos muitas diferenças por época. Temos verdadeiras lições de história económica, social e cultural nestas andanças!

6 - Quem são os vossos clientes? 

Temos muitos amigos clientes e clientes que se tornaram amigos.
Compramos com base no nosso gosto pessoal, mas muitas vezes vemos peças e pensamos numa determinada pessoa. Temos pedidos pendentes de peças que tentamos encontrar. Mas creio que não tenhamos um perfil especifico de cliente.
Há quem vá para comprar uma mala e saia com um serviço de chá. A caça ao tesouro tem destas coisas!

7 - Já todos sabemos que passamos uma fase de revivalismo em Portugal, por isso as peças de décadas passadas estão muito em voga. Acham que isto é uma moda passageira ou veio para ficar? 

Sempre houve interesse pelas coisas do passado e é recorrente usá-lo para fazer o presente. O que é valorizado e está em voga é que vai mudando, percebemos que é ciclico, já passamos por alturas que todos queriam gira-discos, depois veio a vaga do mobiliário das décadas 50, 60 ou 70.
Neste momento podemos afirmar que é muito raro encontrar candeeiros para tantos pedidos. E bom, encontrar cães de loiça a preços acessíveis é missão impossível!
O sotão da avó, a casa da tia, a casa dos vizinhos foram essenciais para a construção dos nossos imaginários. Jogámos Spectrum, falámos no Tom Sawyer e na Candy Candy, víamos o Roque Santeiro e todos sabemos de cor as músicas do Verão Azul ou das Misteriosas Cidades do Ouro.
Já as gerações posteriores têm outro tipo de referências: as Playstation 1, os GameBoy ou o Dragon Ball, por exemplo.

8 - O vosso estilo pessoal é muito influenciado pelo negócio ou o negócio é influenciado pelo vosso estilo pessoal? Como é que se separam de peças que gostam?

Talvez a segunda opção seja a mais correcta, pois normalmente gostamos bastante das coisas que disponibilizamos para os outros. O processo de triagem por vezes é duro, implica sempre alguma negociação entre as duas – a irmã mais nova tem mais dificuldade em separar-se das tralhas. Vivemos um bocadinho com as peças e depois deixamo-las partir para novas mãos.

9 - E o Porto, com todo este rejuvenescimento da cidade, novos negócios e pessoas, é o local ideal para lançar um negócio deste género? 

É no Porto que vivemos e queremos continuar a viver. O eixo compreendido entre a Rua do Almada e a Mártires da Liberdade alberga variadíssimos locais dedicados às coisas do passado e é engraçado ver como os novos negócios se estabelecem e convivem ao lado das casas de velharias e antiguidades mais tradicionais.
Em relação à roupa somos grandes admiradoras da Mão Esquerda, da Absolute Tribute, da Mon Pêre entre outras, pois para além de encontrar peças incríveis, partilhamos amor pelas mesmas, é engraçado estar a conversar com quem vive isto e para isto durante horas.

10 - Para quando uma loja física e online? Está nos vossos planos?

Sim, obviamente adoraríamos ter um espaço físico, mas primeiro queremos ver como corre a experiência online.

11 - Para quem quiser ver as vossas peças ao vivo, onde vos podem encontrar nos próximos meses? 

Quem quiser visitar a nossa sala só tem que telefonar ou enviar uma mensagem e nós abrimos a porta de casa. Pelo menos uma tarde de sábado por mês teremos a porta aberta para quem quiser espreitar e temos algumas peças à venda na Mão Esquerda, Second Hand Shop, ali na Rua de Santo André, perto dos Poveiros.
  cata-vento (vintage shop)cata-vento (vintage shop)cata-vento (vintage shop)

E já agora fiquem a conhecer o serviço de chá mais bonito do mundo. É meu e veio da Cata-vento. Isso mesmo! (queria ter melhores fotos, mas para já é o que se arranja):
  serviço chá sacavem

Saudades do biquini

14.6.14

Estou aqui a navegar pelas páginas da La Redoute para escrever o meu próximo post para o Magazine de Tendências - até aqui ando atrasada:( - e a fazer um exercício virtual de arrumação de malas de férias, muito útil para mim que geralmente tento enfiar toda a roupa do armário na mala para apenas alguns dias. Fiz uma pequena selecção de biquinis para a minha mala, que acho tão, mas tão fixe, que resolvi partilhar aqui.
Tenho saudades de andar só com o biquini, ok, também tenho saudades de ficar assim morena (já não me lembro de tal acontecer) e de ter um corpo assim 'à maneira' como estes. Mas pronto, o biquini para mim neste momento já seria uma boa motivação para me sentir livre e leve.

Vem Verão, vem que nós bem precisamos de ti!



algumas horas de sol

13.6.14
Fomos num pé e viemos no outro.
A Maura lá estava cansada de estar sozinha, com aquele ar de quem se sente abandonado. Depois começamos a abrir as portas, arrumar e limpar, as crianças a correr e a vida rapidamente encheu os corredores e os quartos.
Mal pousamos as malas e vimos os raios de sol.
Mas o chão por lá é mais quente, o sol entra com facilidade por todas as janelas, os sapatos ficam abandonados e o tempo corre devagar.
Tinha tantas coisas bonitas para deixar a Maura mais arranjada, planos de limpeza e organização que ficaram para lá encostados no chão à espera de melhores dias.
Ficamos nós e a Maura à espera de mais e melhores dias de sol.
Eles virão.

até já

10.6.14
até jáaté jáaté jáaté já A minha avó morreu.

Para mim dizer 'até já' à minha avó de 87 anos, não foi apenas a dor da despedida de alguém que amo com todo o meu coração e que viveu a vida como poucas pessoas que eu conheço, mas sim o fechar de um ciclo.

Na minha família tudo se inverteu, os filhos morreram primeiro do que os pais. Por isso para nós as avós são a âncora que indica de onde nós vimos, quem somos, qual o som e o cheiro das nossas casas, a comida que gostamos, o trato que aprendemos. São elas que nos ligam à nossa essência para que a vida não nos confunda mais do que já fez.
Fechar este ciclo é a certeza de que as poucas memórias que tenho, são agora de cada vez menos pessoas e que o meu futuro só é vigiado pelos que me amam numa outra dimensão diferente da minha.
Aqui, resta-me vigiar o futuro dos meus, reforçar os laços que ficam, fazer crescer o que ainda é pequeno e ter sempre a certeza que o meu caminho tem de ser feito por mim. Eles sabem que nós estamos aqui, olham por nós tenho a certeza, cuidam de nós. Mas a mim, faz-me falta o cheiro, o toque, o som da voz, o cuidado por quem nos quer mais e melhor do que qualquer pessoa.

Da minha avó levo um exemplo que nunca serei capaz de alcançar, uma vida autónoma e auto suficiente até ao fim dos seus dias, morrer a fazer o que mais se gosta, não se lembrar do que é chorar, saber viver para os outros, para a natureza, levar o passar dos dias com a cadência do sol, dos animais e das plantas. Ela não precisava de dinheiro, não tinha ambições de ser outra coisa que não a que era, nunca a ouvi falar mal de alguém ou desdenhar o que quer que seja, nunca ouvi da sua boca a palavra morte ou velhice, a vida era o que era e ela encaixava na perfeição no meio da sua terra, das flores e dos animais, ali tudo tinha um sítio, ali o mundo era perfeito, era o mundo dela e felizmente um pouco também do nosso.

Graças a ela sei como as plantas crescem e sei que a vida se pode fazer apenas trabalhando e trocando aquilo que as nossas mãos produzem, sei o que é beber malgas de café e comer pratos de aletria, sei que uma casa se quer apenas com o essencial e que tudo o resto 'só consome'. A riqueza está em nós e naqueles que nos amam. A vida é isto. E é uma boa vida.

O amor é maior do que tudo.

Até já avó, vemo-nos do outro lado.

profissão: poeta

3.6.14

RETRATOS | MATILDE CAMPILHO from clara cavour on Vimeo.

Não sei se há muita gente desse lado que goste de poesia, mas eu sofro do mesmo problema que ela: o da falta de concentração. Para a minha atenção estar focada eu tenho de sentir o ritmo, a cadência, o som das palavras a bailarem umas com as outras e a fazerem a minha pele sentir, o meu coração acelerar.
Caso contrário qualquer 'mosca' me leva daqui para outra dimensão.

Esta poeta tem o ritmo nas mãos, no olhar, na expressão, na voz e nas palavras. Toda ela é poesia. Da boa, da emocionante. Numa mistura de um sotaque que primeiro nos parece estranho e que em poucos minutos se sente como nosso.
De todos.

há coisas que nunca mudam

1.6.14
Para quem visita o meu blog há pouco tempo e não me conhece pessoalmente, com certeza não sabe que eu tenho uma enorme 'queda' para turbantes, gorros, lenços, fitas e demais acessórios para arrumar, aquecer e refrescar a cabeça.
Há algum tempo atrás tive uma loja disso mesmo que se chamava 'choose your own head' e que apesar da sua curta existência me deu muito gozo fazer e marcou uma nova fase na minha vida.

Pois desde que ando a deixar o cabelo ficar um pouco maior, continuo a usar fitas e lenços mas não tanto os turbantes, por o cabelo estar maior. Mas continuo a adorar!
Hoje qual não foi o meu espanto quando vejo o correio e tenho uma carta em meu nome que não tinha pinta de conta para pagar? (coisa rara na caixa de correio).
Era da Zélia Évora e eu já sabia que vinha aí coisa boa! Pois vindo de quem sabe fazer chapéus, turbantes e fitas tão lindas, só podia mesmo ser. Era um turbante florido e colorido, bem a minha cara e mesmo a tempo da praia que está aí para vir, óptimo para apanhar o cabelo todo nos momentos de calor e deixar a cara e o corpo mais livres, umas das principais razões porque eu tanto gosto destes acessórios!
Obrigada Zélia, 'you made my day'!