"gardens, not buildings..."

29.7.13
Gardens, not buildingsSempre as nuvens

"Great projects start out feeling like buildings. There are architects, materials, staff, rigid timelines, permits, engineers, a structure. It works or it doesn't. Build something that doesn't fall down. On time. But in fact, great projects, like great careers and relationships that last, are gardens. They are tended, they shift, they grow. They endure over time, gaining a personality and reflecting their environment. When something dies or fades away, we prune, replant and grow again. Perfection and polish aren't nearly as important as good light, good drainage and a passionate gardener. 
By all means, build. But don't finish. 
Don't walk away. 
Here we grow."

Seth Godin

Este mês de Agosto vamos plantar muitos jardins cá por casa, uns na terra, outros no céu!
Por aqui não vai haver 'silly season', mas sim 'planting season'.

Boa semana pessoas!

diz que são os sapatos mais feios do mundo...

28.7.13
Diz que são os sapatos mais feios do mundo...

Já li por aí neste mundo do www vezes sem conta que as Crocs ao lado das Uggs são os sapatos mais feios do mundo. Ok, li em blogs da especialidade do estilo, do pessoal que faz equilibrismo nas ruas e prefere um sapato bonito a um sapato confortável.  Compreendo. Mas eu nem uma coisa nem outra, porque sapatos que me magoam os pés não dá, eu não consigo caminhar, nem é uma questão de vontade, é mesmo físico.
Tive umas birkenstock durante quase 10 anos que acabaram a sua vida este ano e por isso havia que comprar umas sandálias para uso corrente.
Eu já tinha tido umas crocs há uns anos e adorava andar com elas porque a sensação é de que não temos nada nos pés e isso para mim é mágico. Mas depois confesso que comecei a ficar enjoada de ver tanta croc pelas praias e a sair nas revistas como brinde.
Mas agora quando tive de decidir voltei a comprar e foi o melhor que fiz, os meus pés estão nas nuvens sempre que chego a casa e calço as crocs. Adoro. Feias? Não me parece. Mágicas parece-me melhor!
E agora vou levar a minha falta de estilo ali ao super mercado. Que por estes lados cozinha-se duas vezes por dia, arruma-se outras tantas, limpa-se xixi do chão (a Simone anda nos treinos!), corre-se na rua, anda-se descalço sempre que apetece, trabalha-se ao mesmo tempo que se cuida de 2 crianças, e por isso as crocs são o calçado mais do que perfeito.
Fui!

i could live here

26.7.13
Ultimamente penso muito em casas (já repararam, não é?). Acho que são fases, em que parece que preciso de mudar as coisas, de controlar alguma desordem que me rodeia, apetece-me refazer, arrumar, limpar tudo. Gostava mesmo, era de poder esvaziar a minha casa toda, colocar tudo num armazém, pintar tudo de branco e depois, lentamente começar a refazer tudo do zero. Não precisava de comprar nada, talvez melhorar alguns aspectos de base, mas gostava de uma tela branca para começar a preencher.
A nossa vida diária nas casas faz com que elas se tornem muitas vezes longe daquilo que imaginamos, pela desarrumação, pelo excesso de coisas que não interessam nada, pelos materiais que muitas vezes não são os ideais, pela vida diária sempre no mesmo sítio, que nos leva a estimar menos do que os locais merecem.
Para mim a casa é muito importante. É o bem mais precioso que podemos ter, não pelo seu valor monetário, mas pela influência que tem na nossa vida. O local onde vivemos traz as boas energias todos os dias, é essencial cuidar e estimar. Mas eu não sou nenhum exemplo disso, acreditem, mas ainda assim penso isso.
Cresci com uma mãe que era perita em transformar qualquer coisa num lugar aprazível. Lembro-me de uma vez chegarmos a um sítio onde tinha chovido dentro de casa, cheirava a mofo e a casa estava um caos, mesmo. E numa semana parecia que vivíamos lá há anos. A casa cheirava a cera, os candeeiros estavam no sítio certo, os sofás tinham tecidos e esquecemos assim que as canalizações não funcionavam, o tecto estava roto e as paredes sem tinta.

Hoje estava aqui a olhar para estas fotos, da Homeless que eu admiro à distância, uma vez que nunca lá fui. Sempre achei que por mais dinheiro disponível que tivesse não faria sentido para mim contratar terceiros para tratar da decoração da minha casa. Nunca. Mas, se calhar não é bem assim. A ajuda destes senhores/as parece fazer toda a diferença, e identifico-me com cada canto destas fotos que vos mostro. Eu podia mesmo viver aqui!

(todas as fotos são de projectos da Homeless e foram retiradas do seu facebook).

Porto I ♥ you

24.7.13
Porto

Passear pela cidade, com sol, muita gente nas ruas, esplanadas cheias.
Descer a Rua dos Caldeireiros e dizer olá a todos os novos negócios que aparecem por lá, comer uma sande e beber uma Super Bock na Sandeira (boas, muito boas!!).
Fazer o tour das velharias na cidade, perceber que o velho e vintage está completamente inflaccionado. Continua a haver muitos sítios, mas já não se encontra nenhuma pechincha, muito pelo contrário. Trouxe duas peças, uma de casa e outra de vestir, lindas, não demasiado caras, mas de forma alguma muito baratas. Mas por outro lado é bom perceber que as pessoas têm negócio. E que negócio:D
Amigos.
Dias bons.

magia na cozinha [depois]

19.7.13
cozinha depois Lembram-se deste post? Pois é, a magia já foi aplicada e a minha cozinha já está hoje diferente. Não é uma mudança à 'querido mudei a casa', mas é uma mudança com o mínimo de compras e com o reaproveitamento de coisas que pareciam não ter utilidade.

A cozinha ANTES era assim:

cozinha antes cozinha antes
 
Depois de uma intervenção muito necessária na parte eléctrica, houve a compra de um fogão novo e de um candeeiro, o resto foi olhar em volta e tentar fazer o melhor com o que havia.

Um olhar em volta que significa passar a porta para a arrecadação da casa da avó e perguntar-lhe o que ela podia ter por lá para mim, que funcionasse como uma espécie de balcão uma vez que a cozinha só tem uma banca. Entrei na primeira arrecadação de 'lixo' da minha avó e vi por lá umas prateleiras de colocar os discos da minha mãe e do meu tio, que até podia servir, mas assim que ia a por o pé dentro da arrecadação apareceu uma 'cobrinha', assim do tipo COBRA lá no meio das coisas. AAAAAAAHHHHHHHHHHH!!!!!! Fugi e deixei para trás o potencial móvel velho. A minha avó disse que não podia ser cobra nenhuma e que se fosse uma cobra era daquelas de jardim, normais, normaizinhas, que aparecem de vez em quando por lá, mas que nem mordem nem nada. AAAAAHHHHHHH! Fugi na mesma.

Arrecadação número dois, ou melhor a sala onde está o forno a lenha onde a minha avó fazia pão. Não vejo cobras e entro. Há pouca coisa. Até que a minha avó diz, 'e se levasses a masseira? A masseira é um móvel onde a minha avó amassava o pão. Sim! Sim! Sim! Móvel de amassar o pão 'it is'.

Lá fui eu feliz e contente com o meu lixo, mas não sem antes ter de vencer uma luta no jardim, com a mangueira e a vassoura contra uma cidade de aranhas que lá vivia. Pois pessoas, que isto de levar lixo para dentro de casa não é assim tão romântico como pode parecer.

Depois a cortina, havia que tirar aquela cortina horrível de lá. Mas a parte de cima da porta estava partida e não era bonito ficar a ver-se, então lá cortei tira a tira de forma a aproveitar a parte de cima da cortina para colocar outra coisa qualquer, não sem antes levar com um banho de missangas e depois ter de as apanhar todas. Eu tenho muito jeito para isto:(
Convenci a minha avó a fazer-me uma mini cortina para a parte de cima da porta, em verde. Ela lá andava a fazer, mas eu já sabia que ela não estava feliz com aquilo, e quando a minha avó não gosta do crochet que faz é um problema...um grande problema. Até que ela (esperta) me diz que fez para a minha irmã uma cortina de porta enorme, com o resto de fios que tinha em casa, que lhe deu um trabalhão e que ela nunca a usava...ahahahahha...coitada da minha irmã, longe já estava a ser sacada dos seus bens e nem imaginava. Lá tive de a intimar a trazer-me a cortina e ela não teve hipótese...'afinal a avó diz que tu NUNCA a usas'.

O fogão ficou lá na perfeição, apesar de moderno não choca com o resto e é muito bom. A chaminé voltou a fazer a sua função e coloquei um pequeno apoio para pendurar coisas de lado e um foco para dar luz à noite. Faltava um sítio para apoiar o fogão, pousar tachos, etc. Eu queria um carrinho de cozinha que lá ficasse bem, mas comprar mais coisas já estava fora de questão, por isso, foi uma tábua de corte do IKEA e uma das mesas de cabeceira velhas que há pela casa que fizeram a função. Sei que fica um pouco esquisito, quase surreal, o móvel da flores ali, e é mais baixo, mas serve para o propósito.

A cortina que veio da Noruega por 9 euros, parece que não veio da Noruega mas que sempre esteve ali, sempre foi daquela cozinha. A cortina que a minha irmã trouxe também pareceu ter sido feita à medida para a porta, apenas a minha avó ainda não sabia quando a estava a fazer. 'Somethings are just meant to be'. 

O que faz mais falta ali neste momento é um bom louceiro, para arrumar a louça que está meia atirada na despensa, algumas prateleiras para colocar coisas e uns ganchos com saco do pão, alguns tachos, etc. Já vi as coisas perfeitas numa loja lá bem perto, mas acho que essas coisinhas custavam mais do que eu tinha gasto em toda a mudança, por isso vou ter encontrar outras soluções. Falta também recuperar todas as cadeiras da casa, mas isso é uma outra batalha diferente. Para o ano há mais!
Depois fui integrando coisas que eu adorava como aquele tacho holandês e os pratos que trouxe da loja de caridade. As coisas vão ganhando forma. Não têm de ser perfeitas nem novas, apenas fazerem sentido.

Vejam agora o DEPOIS:

cozinha depoiscozinha depoiscozinha depoiscozinha depoiscozinha depoiscozinha depoiscozinha depois
 
E foi isto.
Assim ao longe parece quase nada mas no funcionamento da cozinha foram mudanças essenciais.
Para a semana vou mostrar-vos a casa toda, andei a fazer umas fotos e mais umas coisas e acho que quem me lê já há alguns anos e acompanha os meus posts sobre a recuperação da MAURA vai gostar de a conhecer na íntegra.
Fiquem por aí!

lixo de uns, tesouro de outros

17.7.13
Lixo de uns, tesouro de outros
 
O Algarve está cheio de lojas de caridade, ou devo dizer 'Charity Shops', uma vez que em todas quem lá está a tratar das coisas são estrangeiros?
As pessoas entregam lá o que já não querem, eles recolhem em casas abandonadas, e depois organizam por temas e por tipo de produto. As pessoas, que como eu lá vão, ou gostam de coisas antigas e procuram tesouros escondidos, ou procuram peças para a sua vida por preços mais do que pequenos. Em ambas as situações faz todo o sentido, aquilo que uns já não querem, pode ser de grande utilidade para outros e o dinheiro que o loja gera ainda serve apara ajudar.
É um bom conceito.

Mal entrei dei de caras com este conjunto de cozinha coberto de terra (sim, devia estar numa casa abandonada ou algo do género). Eu na verdade apenas queria um prato para enfeitar a minha cozinha, mas não fui capaz de lá deixar o serviço todo que custava 7 euros. Trouxe a família toda para casa, muitos dos pratos não se aproveitam para uso diário, mas vou fazer deles algo fixe nas paredes. Para o ano. Para já fico a admirar as flores lindas e o facto de parecer que este serviço foi feito para a minha cozinha.

Um bom dia pessoas!

hey ho let's go

16.7.13

15 days off

15.7.13
15 days off

Foram 15 dias.
Fora daqui.
Sem computador nem televisão (ok, algumas breves ligações à internet para não deixar pessoas penduradas muito tempo, mas apenas o essencial para responder a mails).
Com a maior variação climática dos últimos tempos: água do mar quentíssima, ondas gigantes para qualquer praia do Algarve, mar calmo, muito calor, um pouco de frio, céu limpo, céu nublado, isto tudo em 15 dias é memorável, o tempo anda mesmo louco!
Comida da boa como sempre.
Muitas e muitas horas de sono em família (o melhor das férias sem dúvida!).
Pequenas mudanças e ajustes na minha casa preferida de sempre (que mostro mais tarde), que me dão um grande prazer.
Ter sorte nas lojas de caridade (eu e a minha irmã é que sabemos).
Perceber como pequenos detalhes podem fazer a diferença e que o bonito nada tem a ver com a perfeição ou com o novo.
Herdar a cortina de crochet que a minha avó fez para a minha irmã e que acabou a fazer magia na minha cozinha (yeah!).
Alergia na pele ao sol.
Mosquitos, muitos...
Chegar a casa e ter tudo por fazer é o pior das férias. Mas as energias estão carregadas, o corpo refrescado, o computador cheio de fotos bonitas e a cabeça pronta a arrancar para fazer coisas de que gosto.
Haja tempo para tudo.
Tempo e saúde, certo?
Certo.
[esta frase prova que a idade não perdoa...tempo e saúde é um pensamento quase de avó]

this is it!

2.7.13

01: 30 da manhã e faço as malas, atiro coisas para sacos e penso em tudo e nada ao mesmo tempo.
Amanhã já não estou aqui, estou lá.
Amanhã não tenho internet nem televisão.
Trabalhei até ao último segundo.
Pouco ou nenhum tempo sobrou para detalhes de beleza feminina, para além da depilação da praxe este ano não tive direito a nada, nem cremes, nem manicures, nem cenas de cabelo, nada. Biquinis de há muitos anos atrás e as mesmas roupas de Verão que vão seguindo de uns anos para os outros.
E é isso. Vou pegar no meu corpo e vou para a praia.
Hasta!