instavídeo: fechar o ano com chave de ouro

30.12.13
Este ano de 2013 tem sido uma roda viva de emoções, desde o mau ao muito bom, acho que passei por tudo!
Fechar o ano com esta entrevista que o JN me fez (obrigada Cláudia!) é a melhor forma de chegar ao fim. Eu, os meus blogs e as minhas fotografias temos sido uns parceiros para a vida, não poderia estar mais feliz e orgulhosa do meu ano!
O vídeo está super fixe e descontraído tal como foi o meu encontro com a Cláudia e a Lúcia. Muito boa onda ali pelos lados da estação da Granja:)
Estou feliz!
Vejam todos os vídeos e sigam o instavídeo aqui, vale bem a pena!

a neve não é a minha praia

28.12.13
A neve não é o meu quintal! Nunca passeei muito por Portugal nem por lado nenhum com os meus pais. Só em criança tive a companhia dos dois e o meu pai viajava muito. A minha mãe nunca foi fã de passeios e almoços e cenas de convívio ou de conhecimento geográfico. Dizia que em criança a tinham obrigado a passear e agora não suportava a ideia de andar sem destino dentro de um carro. Para além disso ela era claramente uma pessoa com preferência pela cidade.

Isso não me fez muita diferença, quando fiquei financeiramente independente passeei e viajei sempre que pude. A viagem que mais me marcou foram pequenos passeios que fazia de carro enquanto morei em Bristol, o Sul de Inglaterra, Escócia, País de Gales, etc. Talvez porque eram passeios descontraídos, sem muitos objectivos, feitos entre amigos sem amarras ou obrigações. E porque gosto muito da paisagem e das pequenas localidades do 'countryside' inglês.

Gostava no entanto de proporcionar pequenos, mas bons passeios às minha filhas. Levá-las e conhecer e descobrir outros lugares. Nestas idades (2 e 5 anos) ainda não é muito fácil, pois elas ainda têm algumas necessidades que em viagem complicam um pouco as coisas (alimentação, sestas, corridas à sanita para a mais pequena) mas decidimos levá-las a ver neve, porque a minha filha mais velha perguntava muito.
Lá fomos. Apanhamos chuva, nevoeiro cerrado que nem a paisagem se via. Eu fico nervosa com curvas e contra curvas e com falta de visibilidade e claramente o isolamento das montanhas não é 'a minha cena'.
À segunda tentativa lá chegamos. Neve. Frio de rachar. Gelo. Elas esqueceram tudo durante os momentos em que viram a neve, correram a pegar, tocar e atirar.
Eu não consigo encontrar graça à neve, às montanhas isoladas, às estradas que sobem, às nuvens, ao frio que se entranha e parece que não sai mais.
Valeu as refeições espectaculares que comemos por lá, na serra, com direito a queijos, sopa, pratos muito bons e sobremesas de babar!
Mãe sofre, mas de estômago cheio!

é natal, é natal dizem elas

24.12.13
Temos cânticos natalícios em casa...parece que chegou mesmo com chuva e corte da electricidade:) Acordamos com o vento nas janelas, já ficamos sem luz e sair à rua vai ser uma aventura.
Mas elas não se abalaram, cantam que é Natal e já deliraram com o presente que o Pai Natal lhes deixou na meia...um chocolate.
E pronto, diz que é magia e deve ser mesmo!

chalet saudade

21.12.13
O Chalet Saudade, o sonho da Mary e do Luís tornado realidade.
É nestes momentos que acredito que sonhar e fazer vale mesmo a pena, contrariando este espírito pessimista que vivemos.
Parece um sonho, mas é mesmo uma casa e vocês vão poder ficar lá a partir de agora. Eu já estou a fazer planos:)

para uma família que se quer sempre feliz

Prendas felizes para uma família feliz!
Este ano deixei as compras de Natal para a última, pois claro, como é normal, mas antes, aqui do meu local de trabalho já tinha encaminhado algumas online, com dois projectos que vi este ano e que tenho acompanhado e de quem gosto muito.
O primeiro foram os livros da Patrícia (Forking Amazing), erva uma vez, que vão alegrar e encher de cheiros as casas de alguns familiares. Depois em todos os presentes coloquei algumas fotos das miúdas e um postal com palavras de boas festas para cada uma das pessoas. Os postais são do 'Feliz é quem diz' e foram escolhidos a dedo para cada uma das pessoas que vai receber as prendas. Também há alguns sacos de pano, muito bonitos e bem feitos, que vão presentear duas jovens raparigas da família.
Depois houveram os presentes das crianças, que passam por livros, lápis, uma boneca e...uma máquina de costura (para crianças). Sim, ouviram bem, foi o desejo da minha filha mais velha que apesar de todas as minhas tentativas não se demoveu. Agora prevêem-se longas tardes de frustração infantil e maternal, de volta da boneca e da máquina e das roupas que eu não faço a mínima ideia de como vão sair daquela maquineta.
Se por acaso, aí desse lado houver alguma sugestão, de livros, esquemas, moldes, etc, podem mandar para este lado, pois em 2014 parece-me que vou precisar!

Feliz Natal pessoas. Não sei se cá volto até ao Natal, ainda tenho trabalhos por terminar e adiantar e a partir de amanhã começam as férias de Natal e depois de entregue o trabalho que tenho planeado até ao Natal, vou desligar por uns dias, ficar com a família, descansar e fazer um pequeno passeio cá dentro.
Não que o meu blog me dê trabalho, porque não dá, é puro prazer para mim, mas a tentação de ter o computador ligado é grande para tentar despachar mais trabalho. E não queria ficar no limbo em que não descanso porque não desligo e em que não entrego trabalho, porque não estou dedicada a 100%. É melhor assumir a pausa e depois voltar com mais energia.


o meu quintal é o mar

20.12.13

o meu quintal é o mar é uma reportagem da renascença, muito interessante, de ver ler e ouvir, não só para quem, como eu cresceu e viveu na praia de Esmoriz, mas para todas as pessoas que se interessam pelo nosso país. Uma história de pessoas que vivem a paredes meias com o mar, que todos os anos lhes leva um pouco mais de terra e a forma como estas gentes encaram e vivem esta relação de vida e morte com o mar.
Vale a pena: aqui.

fazer blogs também tem destas coisas

19.12.13
Fazer blogs também tem destas coisas. (Post no blog silviasilva.com) Café, pensam vocês.
É verdade, voltei a beber café em jeito de vício, de combustível para parecer que tenho mais energia, para parar, para definir momentos do dia em que 'depois do café é que vai ser'.
Mas não era isso que eu queria dizer. Esta chávena chegou ontem no correio e foi pintada pela Rita Marafuz a quem fiz um blog lindo que entretanto vou mostrar no Muda de Página.
São pequenas surpresas, já não é a primeira vez, em que as pessoas depois de receberem o seu blog, gostam de me enviar uma recordação. Eu fico feliz, não só pelo presente (claro!) mas principalmente por sentir essa proximidade que se vai construindo enquanto eu olho para estas 'personas' digitais e vou tentando encontrar a sua linha condutora, o seu perfil, aquilo que lhes é genuíno e natural para poder construir um blog com que elas se identificam. E às vezes as pessoas identificam-se mesmo. Muito. Isto não é 'rocket science' nem eu sou designer de formação nem domino a técnica como um geek à séria, mas sinto que há algo no meu trabalho com que as pessoas se identificam, algo que é meu, que não é técnico, nem é profissional, é pessoal, e se há alguns meses atrás pensei que não ia conseguir 'mudar de página' hoje estou convicta que a minha mudança foi, mais uma vez, o melhor que eu podia ter feito.

Um bom dia para vocês pessoas, vamos lá ao trabalho que o Natal está aí e há muita coisa para ficar feita!

a mais bela fotografia de todos os tempos

17.12.13
Diz que sou eu! Quem precisa de Photoshop quando pode ter isto? Acabei de fazer algo que nunca faço. Apaguei um post.
Quando percebi que tinha desperdiçado o desenho mais bonito de todos os tempos com um post a queixar-me do Natal e do meu cansaço, achei que algo não estava bem, e então mudei.
Este desenho merece um post só para ele e o amor e carinho que a minha filha me dá merece todo um blog só para ela.
Ela é a menina mais sonhadora que eu conheço, carinhosa e sensível. Linda, do alto dos seus olhos azuis rasgados fala-me sobre o amor e sobre a festa da família e sobre como me ama.
É a minha filha, esta sou eu e esta é a melhor vida que eu poderia desejar.
Que se lixe o resto...

manifesto de moda dos trabalhadores caseiros @ la redoute

16.12.13

Já está online no magazine de tendências da la redoute o meu segundo post, sobre formas de vestir vs formas de trabalhar, no ponto de vista de quem trabalha em ambiente de escritório, mas a partir de casa.
Opiniões e opções é o que deixo por lá e se vocês quiserem podem deixar também o vosso ponto de vista e experiência.

Ler aqui: manifesto de moda dos trabalhadores caseiros


new stuff sucks

14.12.13
Só para dizer que tenho uma máquina de lavar louça nova. A outra avariou.
Já gastei a pipa de massa no início da semana e já por cá passaram 6 pessoas que não podem fazer isto ou aquilo, um abre a torneira, outro fecha, um puxa a máquina outro carrega.
Hoje, mais uma vez lavei a louça à mão, ao lado da máquina de lavar louça nova.
Estou a escrever isto aqui para me lembrar para o resto da vida para nunca mais comprar nenhum electrodoméstico na worten ou outras mega lojas super fixes cheias de descontos. O tempo e a paciência que já perdi para por a máquina a funcionar no sítio certo, vale já uns bons euros que tinha dado de bom grado a alguém que fizesse a coisa em condições.

O síndrome stress de Natal acabou de se instalar por aqui. Como sempre não tratei de nada. E esta história da máquina irrita-me profundamente, vocês nem imaginam, sim eu sou aquela pessoa que tem vontade de atirar as coisas pela janela quando elas não funcionam.

'ca nerbos'!


humanos do porto

12.12.13


Já aqui vos tinha falado do quanto gosto dos Humans of New York. Também já tinha percebido, no facebook, que há uma rede de 'humans of...' em todo o mundo, o que torna o projecto ainda mais rico e interessante.
Foi por isso, com surpresa (da boa) que soube através da Dora Mota que no Porto alguém tinha recentemente pegado na ideia e feito um 'humans of oporto'. Genial! Se gosto de ver os humanos de Nova Iorque é ainda mais giro ver os humanos que estão aqui tão perto, com fotografias e momentos únicos como só a cidade do Porto pode dar.
Os meus parabéns às 3 raparigas que iniciaram o projecto e à excelente qualidade fotográfica que apresentam. Fotografar pessoas é difícil, não apenas tecnicamente, mas também na forma como se captam os momentos. Mas ainda mais difícil é abordar as pessoas e falar sobre coisas que nunca sabemos qual será a resposta.
Nas cidades todos têm pressa e ninguém se conhece, ser abordado na rua, geralmente remete-nos para alguém ou alguma coisa que nos querem vender ou impingir e geralmente temos um 'estou com pressa' na ponta da língua para quem nos diz 'posso...'. Não, não me pode vender nem enganar, nem roubar, nem ocupar o tempo com tretas publicitárias. Por isso este projecto deve ter dias difíceis, mas por outro lado, deve haver momentos hilariantes!
E olhar para uma página destas e ver uma história como os humanos do Porto ser construída, com imagens tão fixes, deve dar um grande orgulho.
Que venham muitos e bons humanos nesta cidade do Porto que tanto gostamos!

Sigam os humanos do Porto aqui: www.facebook.com/pages/Humans-of-Porto

dear santa

10.12.13


Já há muito tempo que deixei de acreditar no Pai Natal, e também já não tenho idade nem oportunidade para pedir aos pais aqueles presentes que se namoram o ano inteiro. Nesta época a minha maior preocupação são as prendas dos outros e anseio verdadeiramente pela noite de Natal para ver a alegria estampada na cara das miúdas quando abrem os presentes delas.
Eu, por cá já tive a visita antecipada do Pai Natal, que me deixou uma máquina de lavar avariada e me fez investir todas as expectativas de presentes surpresa numa não tão bela, mas muito mais desejada máquina de lavar louça nova. E pronto, o que não tem remédio, remediado está.

De qualquer forma duvido que alguém conseguisse acertar nos meus 4 desejos de Natal:
- o livro de colorir da DOS FAMILY;
- o hood da Rita Cordeiro - great balls of fire;
- uma mochila kanken verde;
- e umas sandálias de Verão que estão na minha lista mental há mais de um ano, mas que nunca ganho coragem para gastar a pipa de massa que elas custam.

Por isso, se desse lado houver um familiar/amigo com falta de ideias e excesso de euros, acabei de vos facilitar a vida, não foi? Ou não...

you can change the world

6.12.13
Hoje foi dia de comprar o jornal!"You can.
You can make a difference.
You can stand up to insurmountable forces.
You can put up with far more than you think you can.
Your lever is far longer than you imagine it is, if you choose to use it.
If you don't require the journey to be easy or comfortable or safe, you can change the world."
(A Legacy of Mandela by Seth Godin)

fazedores

É isto, um poster cheio de palavras de fazedores, relembrando a quantidade de gente que já passou pelo dinheiro vivo e falou das suas ideias, projectos e como fazem para fazer. 
Desde a entrevista do dinheiro vivo que o meu negócio já deu grandes reviravoltas e os meus objectivos alteraram-se e reajustaram-se, estando hoje num caminho que acredito e com que me identifico. Continuo por aqui devido a uma característica que tenho experimentado nos últimos anos e que se chama resiliência. Por isso esse é o meu conselho, que está ali na parte superior do poster e que eu acredito ser essencial para qualquer coisa que queiramos fazer da nossa vida. Obrigada Mariana Barbosa por nos dares esta oportunidade e por te lembrares sempre de nós!

been there, done that

4.12.13
Looking for some super powers:)
'You will be confronted overandoverandover with your fears, your insecurities, your crappy excuses, your limitations, your justifications, your shitty integrity, and your inefficient time management. The standard you held yourself to in the work-a-day world was good enough then, but it won’t be good enough to run your own business. And you will learn to accept yourself through all this because in order to get up every day and create, you have to. ' Stephanie St. Claire

Apesar de ter formação em gestão, não sou nenhum guru dos negócios. O meu trabalho no Muda de Página e outros projectos que já fiz, despoletam alguma curiosidade nas outras pessoas e por vezes sinto que a imagem que passa é muito 'deixei tudo para trás e abri um bar de praia e fui feliz para sempre'.
Mas está longe disso. Já pensei muitas coisas e enganei-me, tentei outras tantas e percebi que não dava, fui contornando e contorcendo-me para avançar e para não desistir. Sempre a contar com o apoio em casa (muitas vezes sendo também alvo de risota) e com uma boa dose de força de vontade aliada ao estado actual da nossa economia, que na maioria das vezes nos deixa uma solução óbvia: seguir em frente, que não há tempo nem espaço para filosofar muito.

Recebo tantos e-mails e perguntas de pessoas, sobre o meu percurso, e com algumas ideias completamente erradas, sobre o que é isto de trabalhar de forma independente, sozinha e na internet, que gostava de conseguir explicar melhor e de forma mais clara como tudo isto aconteceu e acontece. Mas a verdade é que não consigo, até porque ainda ando a reconhecer o caminho e a tentar avançar sem qualquer certeza ou método.
Mas não, isto não dá muito dinheiro e sim, faço outros trabalhos paralelos ao Muda de Página que me dão também gozo, permitem contactar com outras pessoas e equilibrar um pouco as coisas. Muitas vezes desejo um emprego das nove às cinco a carregar num botão, com um salário fixo, e muitas outras vezes sinto pânico de ter saído fora do carreiro e saber que depois é muito mais difícil voltar. Tenho saudades de ter as coisas compartimentadas na minha cabeça e conseguir desligar sempre que não estou presente, de distinguir trabalho de prazer e de encarar as coisas como um hobbie. Agora está tudo misturado e há dias que nem sei do que gosto ou não gosto de fazer.
Todos os dias vou resolvendo problemas, superando as minhas dificuldades e procurando soluções. Não planeei nada e não consigo dizer a ninguém onde vou estar daqui a 5 anos a não ser 'com a minha família', o resto são favas que ainda não contei. Tento gerir o meu stress da melhor forma e vou lançando alertas a mim própria sobre as coisas muito boas da minha vida. Dizendo sem medo e por vezes com escândalo dos outros que sou feliz.

Uma das coisas que me lembro de ouvir o meu pai dizer era: 'podes não saber o que queres, mas tens sempre de saber o que não queres'. E isso, aliado aos erros que vamos cometendo é precioso.

Há umas semanas atrás li um artigo da Stephanie St. Claire: '11 Things I Wish I Knew When I Started My Business' e identifiquei-me com muitas das coisas que ela fala. E, infelizmente, a maioria dos erros já os cometi. Não acho que para os outros que se querem 'lançar' por aí, saberem estas 11 coisas os vai impedir de cometer os mesmos erros que eu e tantas outras pessoas, mas pelo menos, podem rir e sorrir e sentir-se acompanhados nos erros normais deste tipo de percursos.

Cá vai (para ler o artigo completo, que vale bem a pena sigam o link):

'A lot of people like to fool you and say that you’re not smart if you never went to college, but common sense rules over everything. That’s what I learned from selling crack.' -Snoop Dogg

'Researching/studying/ reading other people’s blogs is a form of resistance. In order to get clarity, you must act. Clarity does not come by learning more, it comes by jumping in with your instincts and putting yourself out there, even if you don’t know exactly what you’re doing.'
 

1) Running the business is your first priorityThis sucked for me because I wanted nothing to do with running a business. I just wanted to be a writer and a life coach who wrote and coached all day. I didn’t get it.
2) Ready to meet your soul mate? It’s youEntrepreneurship is the most life changing relationship (like marriage or parenthood) that a person can have. You will be confronted overandoverandover with your fears, your insecurities, your crappy excuses, your limitations, your justifications, your shitty integrity, and your inefficient time management. The standard you held yourself to in the work-a-day world was good enough then, but it won’t be good enough to run your own business. And you will learn to accept yourself through all this because in order to get up every day and create, you have to. Somehow through that process of acceptance, while you’re busy putting yourself out there in spite of your flaws, your weaknesses will transform and you will fall in love with yourself. Not in the over-hyped “SELF LOVE 2012” way, but in a quiet way that sneaks up on you after witnessing a thousand splinter-sized moments of transcending the baser aspects of yourself.
3) Your trajectory for success will take as long as everyone else’s, even though you’re special and brilliant.
4) Running out of money is a common part of the journey.
5) Build a hybrid stream of income.  I finally came to terms with the fact that I was being obnoxiously naïve about how money, peace, survival, and timing all work together and I got a second job. By doing this, I supernaturalized my own path to freedom and self-sustainability. And since I wasn’t freaking out about money anymore, I liberated more creative real estate in my brain to apply toward my business.
6) Read Steven Pressfield’s Do the Work.
7) Spend less time researching, more time doing. Researching/studying/ reading other people’s blogs is a form of resistance. In order to get clarity, you must act. Clarity does not come by learning more, it comes by jumping in with your instincts and putting yourself out there, even if you don’t know exactly what you’re doing.
8) Only say yes to clients/collaborative projects that are HELL YESES.
9) You must devote time to becoming a brilliant marketer.
10) Email will be your new best frenemy. Your inbox will explode. You care about everyone, but you can’t help everyone. Read: Not everyone is your customer.
11) Number eleven is a hodge-podgeDo not work your business 7 days a week. From time to time, forget everything you know about the “right way” to run a business and run it like a neighborhood lemonade stand. 

blogger residente @ la redoute

3.12.13

Quem não se lembra do catálogo da La Redoute espalhado por tudo o quanto era casa portuguesa nos anos 80/90? Eu lembro-me, e lembro-me especialmente de passar a estação inteira a ver as páginas da revista e fazer planos de compras e aquisições que raramente se concretizavam.
Era um catálogo de referência nas compras à distância e que pelos vistos agora se tornou um site de e-commerce de referência nas compras online de roupa e decoração.

Foi por isso com algum espanto que recebi o convite da Dora Sousa (responsável de comunicação e media na La Redoute) para integrar um conjunto de bloggers residentes na sua nova página: Magazine de Tendências.

O meu blog, apesar de abordar os meus gostos em termos de coisas de vestir e de casa, não fala propriamente de moda, nem eu sou consumidora de blogs de moda, salvo algumas excepções que podem encontrar aqui na coluna dos blogs. Mas gosto dos conceitos e das imagens do vestir, do usar, daquilo que a roupa nos pode fazer sentir e parecer e das imagens e ideais que conseguimos colocar cá para fora através daquilo que vestimos.

Pois, segundo a Dora, esse seria exactamente o motivo pelo qual me contactaram, porque queriam artigos escritos por bloggers com opinião e estilos diferentes e que gostavam da forma como eu escrevia o meu blog e daí o contacto.
Confesso que hesitei, não sabia muito bem como ia fazer isto, e depois ando afogada em trabalho, como poderia conseguir pensar em fazer mais alguma coisa? Depois lembrei-me da Tina e da sua teoria dos side projects, coisa que eu sempre fiz na minha vida. Mais do que uma coisa ao mesmo tempo, mais do que um interesse, mais do que um projecto, mais do que uma experiência.

Resolvi aceitar e por isso podem me encontrar pontualmente por lá, com um post escrito por mim e com a minha experiência a pegar no catálogo da La Redoute, abanar e partilhar a minha visão e as minhas opções.

Ainda não sei bem o que vai sair, mas vai ser bom, por alguns momentos sair desta caixa dos blogs e do design e saltar para outra com roupas e cores e estilos e casas e famílias.

Vemo-nos por lá!


♥♥♥

30.11.13





Por aqui a roupa das miúdas não é sempre a desejada, mas sim a necessária. Entre roupa que se vai passando de uma para outra, roupa prática para o dia a dia e algumas ofertas, raramente fazemos grandes escolhas de roupa.
Às vezes gosto de escolher uma ou outra peça que podem marcar a diferença num conjunto perfeitamente banal.
Estes chapéus e casacos seriam as peças ideais para o Inverno. Vamos ver se o sapato do Pai Natal pode trazer assim 2 brindes lindos:)

Tudo na loja Bi Little do Etsy.

half of me

28.11.13
Half of me...the other is sleeping!
É apenas metade de mim que vos fala aqui hoje.
Os meus dias começam cedo e acabam tarde demais.
A minha boa vontade de dançar e praticar algum desporto, tem falhado como a grande maioria das minhas boas vontades.
Preciso mais de rua, de caminhar com objectivos, de pessoas, de vida fora do ecrã. O excesso de trabalho e a constante procura de uma velocidade que o meu corpo e cérebro não conseguem acompanhar está a dar cabo de mim.
Sinto-me cansada. Muito.
Mas andam a acontecer coisas fixes por aqui que não tenho partilhado, porque me falta a energia nos dedos para teclar para mim própria.
Aceitei fazer umas coisas novas e amanhã vou ter mais uma daquelas experiências surreais que nem sabemos bem de onde vêem, mas que aparecem.
Virei aqui contar tudo. Uma coisa de cada vez. Que é assim que tem piada.

Até amanhã!

how cool is that?

22.11.13

Acreditem, isto é mesmo fixe.
Espreitem aqui:24hoursofhappy.com
E já sabem, toca da dançar, porque afinal é o que interessa!

(via FB Rita Cordeiro)

coloring book ridiculoso

16.11.13

El Coloring Book Ridiculoso from Jenny Brandt on Vimeo.

Para o Natal o meu presente eu quero que seja...ESTE livro de colorir! Em primeiro lugar alguém ouviu as minhas preces e fez um livro de colorir que não tem de ser para crianças. Tantas vezes falei sobre isso, mas acho que pouca gente me entendia. Eu adoro colorir livros, não no sentido artístico, mas no sentido de fazer algo que me ocupa tempo e me liberta a cabeça. Adoro! A minha filha fica um bocado passada quando eu a vou 'ajudar' a pintar os seus livros e começo a pintar super rápido não lhe dando chance de pintar como ela tinha desejado. E no fim, quando elas já 'bazaram' e foram fazer outra coisa qualquer eu fico ali a acabar as páginas dos livros, pois gosto de deixar tudo bem pintadinho:D

Nem de propósito o DOS FAMILY é um dos meus blogs preferidos, pelo humor das suas autoras, as casas (reais) que eu adoro, um clima descontraído e algo louco que passa nas fotografias, nos textos e nas coisas que elas se lembram de fazer. Ali sente-se verdadeira originalidade e diversão pura a escrever o blog.  Se não conhecem passem por lá, garanto que não se arrependem!

E eis que a Jenny resolveu transformar as suas fotografias num livro de colorir.
How cool is that?
Quero!

shopping @ etsy

14.11.13
shopping@etsy. Hoje no blog www.silviasilva.comshopping@etsy. Hoje no blog www.silviasilva.comshopping@etsy. Hoje no blog www.silviasilva.comShopping@etsy. Hoje no blog www.silviasilva.com
Quem me conhece, sabe que sou detentora de uma boa colecção de roupa antiga (anos 60/70), com algum destaque para os casacos. Alguns da minha mãe, outros que fui comprando ao longo dos anos.
O primeiro comprei-o ainda na adolescência, no Porto, e a minha atenção para lojas de coisas velhas ou roupa em segunda mão, sempre foi grande e nunca mais parou.

Hoje em dia, já não compro muito em lojas, porque acho que o 'vintage' está demasiado inflacionado e porque a década de 80 já está em força nessas lojas e para mim, é uma época que em termos de cortes e materiais me interessa muito pouco. As compras online passaram a ser prática corrente e tenho encontrado verdadeiras pérolas por esse mundo fora.
Já recebi alguns contactos de pessoas que me perguntam quais a lojas onde compro, como faço para ter a certeza que fica bem, se não tenho receio, etc, etc. Nesse sentido, resolvi fazer um post com algumas das minhas sugestões para quem quer comprar roupa (ou outras peças) online.

1. Compro essencialmente no etsy. Também já comprei no e-bay, mas sinto que o etsy tem uma melhor oferta e por isso prefiro pesquisar por lá.
2. Não tenho lojas preferidas. Conheço algumas, mas não compro pela loja, mas sim pela peça.
3. O mais importante para encontrar boas peças, é fazer boas pesquisas, perceber quais os nomes ou expressões que se usam em inglês para determinadas peças. Por exemplo, sabiam que as cortinas pequenas se chamam 'coffee curtains'?
4. Há que ter alguma paciência. Pesquisar por prazer, não estar stressada porque se quer encontrar algo.
5. Verificar o vendedor: sinais como a qualidade das fotos, o nº de vendas, as críticas são essenciais para mim. Quando vejo uma peça numa loja etsy que eu percebo que o vendedor é profissional, ou seja, muitos deles têm loja, sinto-me mais segura do que a comprar a um vendedor pessoal que tirou a foto no jardim, desfocada e com a peça toda engelhada.
6. Contacto o vendedor e digo que estou interessada e faço várias perguntas sobre as peças, incluindo sobre a existência de defeitos e sinais do tempo, sobre custos de envio, etc. Muitos deles chegam a reservar enquanto eu me decido e até me fazem descontos:)
7. As medidas: comparar sempre com uma peça do nosso armário que seja semelhante. Até hoje todas as roupas que comprei me serviram. Todas.
8. Há coisas que pura e simplesmente nunca compraria: sapatos, camisolas ou t-shirts, calças, vestidos demasiado estruturados.
9. Nunca invisto demasiado dinheiro numa peça. Por vezes vejo casacos de que gosto muito, mas que nem considero pelo preço. Tento sempre encontrar uma peça que me pareça de boa qualidade e cujo preço eu considere razoável para mim.
10. Não vale a pena pensar em devoluções.
11. Geralmente compro a vendedores dos EUA ou países nórdicos, costumam ter as melhores peças.
12. Segurança e à vontade: já não fico nervosa se as peças chegam ou não, têm chegado sempre. Isto são roupas e peças em segunda mão, têm sinais do tempo, e eu sei que não me incomodo que o meu casaco de pele tenha umas marcas no ombro, nem penso nisso.
13. Há coisas que não se encontram em mais lado nenhum, como por exemplo o casaco de pele cor de rosa que vêm na foto de cima. Um achado! Mesmo.
14. Para mim isto não são apenas compras, são uma colecção. Não compro apenas porque acho que me vai ficar bem, mas porque aprecio a peça em si, o material, os padrões, os cortes, etc.
15. Já me aconteceram coisas que não esperava, como por exemplo, a pele do casaco amarelo que está na foto, é super fina e sensível e qualquer pinga de água fica manchado. Uso-o menos, como é óbvio, mas continuo a gostar dele.
16. Nas peças de roupa de tecido, como vestidos ou saias, quando os recebo, lavo sempre muito bem e faço um reforço das costuras que geralmente pela idade já estão frágeis.
17. Não é o mesmo que ir a uma loja  e escolher algo, experimentar, tocar, claro que não, mas é um mercado muito mais vasto do que qualquer loja nos pode oferecer e é um acesso a peças muitas delas únicas.
18. Adrenalina.

E pronto, é isto, se tiverem alguma questão e quiserem deixar aí na caixa de comentários terei todo o gosto em responder.


o que nos liga

9.11.13
Apesar de a vida me ter mostrado ultimamente que mando grandes argoladas no mundo das relações interpessoais e que de pessoas, parece que percebo pouco, ou só consigo perceber as pessoas com as quais tenho muitos anos de treino, continuo a sentir grande entusiasmo perante os outros e aquilo que eles me mostram, escrevem ou dizem.

Sou facilmente contagiada por um conjunto de palavras e uma banda sonora. No melhor dos sentidos. Das coisas que não percebo vou tentando guardar tudo menos o rancor, na expectativa de aprendizagens para o futuro.

E fico feliz por assim ser, porque do resto, daquilo que não percebo ficam apenas espaços em branco na minha cabeça que acabo por nunca preencher, mas o entusiasmo, esse nunca o perco.
 

a risada solta da blogosfera do marasmo

5.11.13
Para quem como eu, anda diariamente por estes caminhos sinuosos da blogosfera há já alguns anos, o sentimento por vezes é de marasmo. Todos os dias as mesmas fotos, os mesmos textos, a mesma conversa, aqui e ali, mais do mesmo? Um 'dejá vu' constante.
Mas será que sendo nós tantos, mas tantos blogs, a diversidade não deveria ser o prato do dia? Pois na maioria dos dias sinto que não é. E lamento. Lamento pessoalmente e profissionalmente. E em blog próprio também, que isto de ter escrito mais de 1200 posts também esgota as ideias de qualquer um:)

Mas também sei que há quem rasgue com isso, e ainda bem, quem com os seus textos soltos e uma imaginação destravada, nos consiga por a todos a rir em frente ao ecrã do computador. Não são muitas pessoas, mas vou encontrando algumas e depois não as largo mais.
A Julieta Iglesias é uma dessas pessoas. Uma lufada de ar fresco nos meus dias, um riso bem-vindo, um tom irónico que só ela sabe dar aos seus posts. Um cão de loiça e uma Julieta. Imperdível.
Vejam aqui o blog dela (http://afonso-ocaodeloica.blogspot.pt/) e leiam abaixo o post de hoje. E leiam os outros. Quem escreve assim é a Julieta e mais ninguém. Talvez o Afonso, não sabemos, mas para já ficamos com a Julieta:

...

"Hoje estou que não me aturam. E ontem já estava assim. E amanhã não sei.

A minha vida está naquele impasse merdoso: “E agora vou para onde?” Na quinta-feira recebo um diploma. Mais um. Não que eu seja uma suprassumo diplomada. Aliás, a bem da verdade, os meus diplomas são uma coisa fascinante que eu tenho na vida mas que não me têm levado muito longe.
E eu não tenho sabido o que fazer com eles.

Ora ontem estava eu no talho a aguardar a minha vez, pacientemente, e a senhora a ser atendida dizia perentória.
“Veja lá isso, tire-me as orelhas ao coelho, não quero levar nada disso…”
- Ó minha senhora quais orelhas?
- Opá esses buracos… tire-me isso tudo!
- Os ouvidos?
Eu ria. O homem do talho esfrangalhava a cabeça do coelho. A mulher garantia que não levava para casa canais auditivos do coelho.

Hoje no carro contei este episódio ao Gil e conclui. O mais interessante do meu dia tinha sido a carnificina no talho. A cabeça do coelho trás, trás, trás, o homem do talho com o cutelo em riste e a senhora a debitar teoria sobre buracos e orelhas.

Preciso de um par de chinelos e de um pijama. Hoje ainda tenho que ir a casa estender camisas. Conto cozinhar almôndegas para o jantar. Com massa. Daquela que parece rabos de porcos. Os dias passam. Estou outra vez no talho a rir-me. A rir-me. Que interessante é a minha vida. Se calhar devia ver televisão. Sempre me ria de alguma coisa com sentido ou sem sentido nenhum. As orelhas do pobre do coelho. E eu para ali a rir. “Olhe dê-me aí uma caixa de almôndegas sem orelhas”!

Um amigo da loja insiste em contar-me todas as virtudes e proezas dos seus filhos e da sua mulher, eu ali fico a ouvir, a ouvir, a ouvir, perco-me nos meus pensamentos de estendais e panelas e esfregonas…
- Viu ontem a minha filha na TVI? E anteontem na RTP?

Eu nem sei quem é a filha desta criatura que olha para mim espantada quando eu aceno que não, não vi, aliás nem a filha dele nem ninguém. Eu pouco vejo televisão. No máximo enlouqueço o Gil com o meu zapping frenético e concluo que não dá nada de jeito… OPÁ A QUE HORAS DÁ “OS PORTUGUESES PELO MUNDO”? Segui tudo e agora não sei quando dá e já não temos aquilo a gravar… aquilo é o MEO! Oh MEO Deus! E eu no talho. E eu ao pé do fogão. E eu a estender roupa. Viu a minha filha? A brilhante e linda, a minha filha? E as orelhas do coelho! Tire-me isso tudo! Zapping, zapping, zapping e nada de jeito. Nunca nada de jeito.

Ai serei só eu com esta neura outunal “lá se foi o verão e agora vem o frio e mais um ano de trabalho que não motiva ninguém e pardais pardais pardais”? Serei? E o que faço eu com outro diploma? Zapping?

Ai gente… que neuuuuuuuuuuuuuuuuuura pá!"

Julieta Iglesias em 'Afonso, o cão de loiça e Julieta, a pessoa'

ch-ch-ch-changes!

2.11.13
Ch-ch-ch-changes!!! Adoro mudar!
(já tinham percebido, não é?)
O meu maior problema com o cabelo é o tempo que ele demora a repor a sua forma original, ou se assim não fosse, estava constantemente a cortar e a tê-lo super comprido.
Cabelo preto é uma primeira vez (não é bem preto, é castanho escuro), mas estou a gostar da sensação e das novas possibilidades que uma cor diferente apresenta!

No outro dia fiquei apaixonada por este cinzento:

Ruby's Hairstory from If You Knew, LLC on Vimeo.


Bom fim de semana pessoas!

"Não é como eu quero, é como Deus determina"

30.10.13
Vivi grande parte da minha vida na Praia de Esmoriz, zona de praia, pescadores e mar bravo.
Recordo-me como se fosse hoje de ouvir falar de tragédias, de pescadores que desapareciam no mar, barcos que nunca mais voltavam, uns que iam e outros que ficavam.
Quando olhava para aquele mar, no pico do Inverno, que entrava pelas casas das pessoas, pelas ruas, e pelos bairros, não pedia licença e levava tudo consigo, pensava como é que ainda haviam pessoas capazes de o enfrentar com um barco, um motor e a esperança de uma pescaria. Perguntava à minha mãe, porque é que aquelas pessoas não desistiam e iam fazer outra coisa, sendo que ela me respondia: "É a vida deles". Como se de um destino se tratasse, de uma sina, de uma marca de nascimento que nunca desaparecia.
Mas, apesar de nunca ter conseguido perceber bem, acho que para além da sina, há também uma qualquer adrenalina que o mar impregna nestas gentes e que faz do constante desafio um modo de vida. Um equilíbrio ténue entre o respeito pela natureza e o medir forças com ela.
Modo de vida esse que é praticado e sentido pelos surfistas. E se os outros enfrentam o mar porque nasceram nele e dele se alimentam, estes enfrentam o mar numa relação David e Golias, alimentados por uma adrenalina que a maioria de nós não sabe o que é, mas que deve ser algo tão gigante como o tamanho das ondas que eles desafiam.
Vejam o vídeo...e respirem no fim!

[sim, foi nestas ondas que a surfista Maya Gabeira quase perdeu a vida, ao que responde sem hesitar: "faria tudo outra vez", está explicado...ou não?]

music never dies

27.10.13
(no words, just music)

onde está a beleza?

25.10.13



O que faz de algumas mulheres extraordinariamente bonitas? Bonitas com ou sem maquilhagem, mais magras ou mais gordas, mas invariavelmente bonitas.

Hoje em dia já não são as estrelas de cinema e da música que admiramos. Podemos admirar qualquer mulher que aparece num ecrã de computador ou da rua, como se de uma 'movie star' se tratasse. Não faltam blogs e fotografias mais ou menos caseiras de milhares de mulheres do mundo.

Quem é que vocês admiram? Qual é a beleza que vos faz parar e olhar. São os olhos azuis, os lábios pintados, o corpo atlético, o estilo irreverente?
Ou há algo para além dos aspectos exteriores que faz de algumas mulheres imagens especiais? Sei bem que as mulheres vêm as outras mulheres com olhos muito diferentes dos homens. Gostava por isso de saber como vocês classificam e vêm a beleza feminina. Quais são as mulheres mais bonitas para vocês? Do cinema, da música, da internet, da rua, não interessa...quem e porquê é a pergunta!

Fica aqui uma das minhas eleitas, a Marion Cotillard, tem um olhar que não me deixa esquecer a cara dela, o sorriso, o magnetismo.

ferrugem e osso

24.10.13
Foi o que aconteceu ontem por aqui. Quando já estava quase a cair para o lado de tanto cansaço e trabalho eis que vejo a minha preferida de sempre Marion Cotillard e resolvo aguentar-me mais uns minutos...que se tornaram mais de uma hora. E chorei como já há muito não chorava num filme, não porque o drama é intenso, mas porque é verdade que um azar nunca vem só, que as coisas lixadas acontecem quando menos esperamos e que o amor, mesmo sem ser cor de rosa e com música de fundo salva-nos a todos. E sim, desde que sou mãe que não consigo ver nada que envolva crianças, dormi com o coração apertado a noite toda, a pensar se o azar mais alguma vez me poderia calhar...

aqui a publicidade é quando eu quero

21.10.13

Livro "Erva uma vez..." from Patrícia Vilela on Vimeo.

Já aqui vos falei da Patrícia e do Forking Amazing há uns meses atrás quando ela veio cá a casa fazer um workshop para nós. Pois agora ela escreveu um livro que está quase a sair e que me parece juntar duas coisas que eu vou gostar: plantar aromáticas e cozinhar com elas. Faz sentido não é? Pois por isso mesmo se estiverem interessados neste livro podem comprá-lo aqui em pré reserva a um preço simpático, ou então esperar para que saia o livro e verem ao vivo e a cores no lançamento.
Para saber mais visitem o site do Forking Amazing.
Por aqui já vai para a minha wishlist e vai ser um óptimo presente de Natal para muita gente que eu conheço!

Bom início de semana para todos!

[they do their own thing]: humans of new york

18.10.13
"If you could give one piece of advice to a large group of people, what would it be?"
"Be kind and thoughtful."
"What’s your greatest struggle right now?"
"Being kind and thoughtful. Because I’ve got some friends that are driving me freaking nuts." 

Ontem ouvi uma entrevista com o autor do humans of new york e hoje cruzei-me novamente com ele no blog 'a refinaria' e resolvi por isso falar-vos deste blog, que é já um fenómeno mundial, mas que eu gosto cada vez mais.
Hoje há muita gente a fazer fotografias, há muita gente a fotografar e fazer blogs de streestyle e quando pensamos nisso, parece que já vimos quase tudo o que os nossos olhos poderiam ver. Mas não. Há sempre quem faça as coisas à sua maneira e a sua maneira é tão sua que se torna inimitável. Não sei se as fotos são boas ou más, também não procuro qualidade fotográfica nas coisas que vejo, mas sei que já me emocionei vezes sem conta com as histórias e as caras das pessoas que aparecem neste blog.

As fotografias do Brandon, são verdadeiros retratos de pessoas. As histórias que ele partilha com os retratos são preciosas para quem lê e vê. Duas ou três linhas que conseguem mudar a forma como vemos uma imagem. E nunca, mas nunca me canso. Podem vir mais milhões de fotografias de pessoas neste blog que eu vou sempre querer espreitar as 3 linhas que estão por baixo, sempre com curiosidade, sempre com surpresa.
E porquê? Porque será este blog tão diferentes de tantos outros? Porque serão estas imagens tão reais? Porque é que o que ele faz mais ninguém faz igual? Porque ele faz a sua própria 'cena', não importa se outros também tiram fotografias a pessoas na rua, não se trata de ser melhor ou pior, trata-se de ser real.

E ser real, nos dias que correm, no trabalho que fazemos, nas coisas que partilhamos, nas redes sociais é cada vez mais difícil, há fórmulas e filtros para tudo e mais alguma coisa, regras de sucesso e ideais de fama, organização de ideias e sequências de prioridades. O parecer suplanta em tudo o ser. Competem-se por likes e visualizações, por negócios e visibilidade, tudo online, tudo por trás de uma cortina de fumo e glamour que nos afasta das pessoas reais. A presença online não significa uma vida paralela, somos nós, as mesmas pessoas que estamos do lado de cá, as que somos do lado de lá.
Não precisamos de ser os primeiros e únicos a ter a ideia ou a fazer o que fazemos, isso é uma ilusão, a inovação é sempre o reciclar de algo que já existe, o ver de outra forma de outro prisma. O que nos faz então tão diferentes, o que distingue os nossos trabalhos e criações? É a parte que nos sai do corpo, o esforço que temos de fazer para alcançar coisas simples, mas que somos nós e só nós que o fazemos, são os nossos erros, os nossos falhanços, as tentativas sucessivas, o trabalho mal feito, os passos em falso que damos para avançar, depois há um dia em que fazemos algo que sai bem, e nesse dia percebemos qual o bocadinho de nós que é só nosso e que nos faz tão diferentes de todos os outros!


STORYBOARD: Capturing the 'Humans of New York' from Tumblr on Vimeo.

um presente e as novas tecnologias

17.10.13

Hedgehog Book Trailer from Ardozia on Vimeo.

Ganhei!!!!!
Ganhei o livro do ouriço, uma app portuguesa para crianças, que tem 3 histórias interactivas muito, mas mesmo muito fixes. Tudo criado, pensado e produzido por portugueses em Portugal: podem espreitar o site e outros jogos e programas em ardozia.com.
Ontem já experimentamos e as miúdas adoram (confesso que eu também, empurramos umas às outras para ver quem escolhe o próximo passo). Pois eu ganhei este fantástico livro no blog da Ana (doce para o meu doce) num presente que ela ofereceu aos seus leitores em conjunto com a Ardozia. Fiquei feliz, porque as minhas filhas gostaram, e porque eu não concorro a todos os concursos que cruzam o meu caminho, apenas aqueles cujo produto realmente me interessa, este  foi um deles e eu raramente ganho alguma coisa, por isso  foi um dia sorte!

Queria também aproveitar para falar um pouco das crianças e das novas tecnologias. Esse bicho papão que lhes vai comer o cérebro! (será que já comeu o nosso?).

Há uns bons tempos atrás cruzei-me no FB com uma discussão acesa por causa de uma foto que tinha sido tirada a uma família num restaurante, em que as crianças estavam a brincar com um gadget qualquer e os pais estavam a comer e a falar um com o outro. Caiu o carmo e a trindade! Porque aqueles pais, coitadas das crianças, é o mundo que temos, blá, blá, blá...claro que também apareceu por lá uma outra versão de pais que disseram que se lhes tirassem aquela fotografia e a usassem na net naquelas circunstâncias estariam naquele momento a enfrentar um processo judicial!

Eu na altura não tinha telefones espertos (ainda não tenho) nem ipads nem nada do género, pelo que, à boa moda antiga ia para os restaurantes com um saco de livros e canetas e coisas para as miúdas se entreterem quando acabam de comer e nós podermos engolir o nosso jantar nas melhores condições possíveis. Nunca vi ninguém a criticar isso, uma criança com um livro ou um puzzle numa mesa de restaurante. Agora se for um gadget...alto!!!!

Hoje tenho um ipad e posso vos dizer que é uma ferramenta espectacular para as crianças. Em apenas um objecto temos dezenas de livros, lápis de colorir, pincéis, puzzles, músicas, jogos didácticos, tudo! Não se estragam folhas nem caem canetas por todo lado e podem brincar as duas. Tem sido precioso, nos momentos de espera, em consultas, nos restaurantes, todas aquelas situações em que precisamos de ter algo à mão para os miúdos brincarem.
Isto não tira o lugar ao parque, nem à rua, nem à bicicleta, pode ser difícil de gerir as vontades, pode, mas uma coisa não mata a outra, complementam-se em situações distintas.
E depois há coisas incríveis que eles hoje podem fazer com a tecnologia, que nós nunca tivemos disponível quando éramos crianças, e isso abre uma série de possibilidades para eles, que são preciosas. Há outras coisas que nós tivemos e eles não vão ter, também é verdade, mas os tempos são o que são, o que não muda é o amor e o carinho que temos de ter para eles, o resto muda, e há que aceitar e incluir as mudanças da melhor maneira possível, ou então, como acontece comigo, brincarmos também um pouco, porque afinal, para nós estes brinquedos são tão novos como para eles!

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E eu acredito que as novas tecnologias são um super poder ao nosso alcance e que nas escolas do futuro, aprender código deveria ser como qualquer outra disciplina, para todos. Garanto-vos que ia abrir todo um novo espectro de possibilidades não só tecnológicas, mas também criativas na vida de muitas pessoas. Fica aqui um pequeno filme de um movimento que se criou nos EUA e que pretende fomentar a aprendizagem de código nas escolas (via swiss miss).


para contrariar o cinzento de ontem

15.10.13






Ontem afirmei aqui que a moda anda deprimida assim como eu quando a vejo!
Mas hoje ao falar com a Patrícia, ela relembrou-me de outra Patrícia, que se não estivesse lá no outro lado do oceano (Madeira) tinha uma cliente assídua na sua loja.
É que eu vejo-me dentro de quase todos os seus coordenados, e sim, com tudo junto, assim bem misturado é como eu gosto:)

it's oh so boring

14.10.13


Actualmente não tenho qualquer receio (financeiro) de entrar num qualquer templo do consumismo, porque a maior probabilidade que eu tenho, é sair de lá com uma boa dor de cabeça, ou então demorar menos de 5 minutos, entre entrar, ver e sair...
Dá para perceber, não dá?
Entre os cinzas, beiges, camel e preto, e aquele pseudo estilo rockeiro wanna be que invadiu as montras e o corpo de muita gente, posso dizer-vos que entrei no outro dia na zara e não queria nada, mesmo nada do que lá estava.
Tem sido óptimo para a minha carteira.
Mas fico tão entediada com a moda dita acessível...mesmo, que tédio, tenho saudades de sentir vontade de comprar um casaco que acho super giro, ou umas botas, qualquer coisa, é que não sinto vontade de comprar nada. Bem, melhor para a minha vida financeira, pior para o meu ego:)

palavras sem filtro

10.10.13
Eu vejo e leio muita coisa online, a toda a hora, todos os dias.
Algumas dessas leituras fazem parte do meu trabalho, outras são mero prazer, outras acontecem por acaso. O Facebook é a aplicação que nos traz mais palavras e imagens por minuto, sendo que o que o caracteriza é o facto de não escolhermos tudo o que lemos no nosso mural. Lemos de forma automática porque caiu em frente dos nossos olhos, não há tempo para muita selecção e não pensamos quase nunca no impacto, positivo ou negativo, destas palavras e imagens que nos entram pela vida dentro todos os dias.
Foi por isso que reparei com espanto que comecei a ter uma preferência por alguns posts que caíam no meu mural. Tirando os amigos e pessoas próximas que nos dizem algo mais pessoal, as muitas páginas de pessoas e projectos profissionais que seguimos acabam por se esbater nos milhares de pixeis de imagens que vemos e nas muitas letras que acompanham as conversas online.
Percebi que prestava uma especial atenção aos posts da Isabel Saldanha.
A Isabel Saldanha é uma fotógrafa muito conhecida, mas eu não sabia disso até investigar melhor, comecei a seguir a página dela por causa com certeza de alguma fotografia que gostei, mas foi e é nas palavras que colo quase todos os dias.
A Isabel escreve bem, muito bem, mas também não é a qualidade da escrita que me deixa feliz cada vez que vejo a foto de perfil da página dela aparecer no meu mural.
Em cada entrada que ela faz no Facebook, para além da fotografia, há sempre uma história. Da vida dela, dos outros, do que ela vê, do que ela pensa e sente. Uma história com princípio, meio e fim, que me deixa invariavelmente com uma expressão na cara: riso, sorriso, pensamento, melancolia. Qualquer coisa, mas nunca fico indiferente ao que ela me contou naquele dia.
Este post podia ser um post técnico em que eu vos tento exemplificar como se deve fazer para ter uma boa presença nas redes sociais, mas não é. Não é, porque isto que a Isabel faz não se aprende, não se coloca como lembrete na agenda, não se escolhe fazer para o ano novo. Faz-se.
As palavras da Isabel não têm filtro, ela não precisa de muito para as escolher porque lhe são naturais, porque as histórias que ela conta, ela vive e imagina, porque os sentimentos de que ela fala, ela sente.
E depois há a coragem, o momento em que escrevemos algo e nunca, mas nunca pensamos duas vezes antes de publicar, porque estas são palavras...sem filtro.

Se quiserem perceber um pouco do que vos digo podem seguir a Isabel e as suas histórias diárias aqui: facebook.com/isabelsaldanhaphotography

Mas não consigo resistir a deixar aqui 2 textos que a mim me tocaram especialmente em dois momentos diferentes, não os classificando pela sua qualidade mas pela magia de me falarem ao ouvido naqueles dias.
"Tenho uma amiga que quando me liga, costuma dizer sempre:
Estou te a ligar porque és a minha amiga mais feliz! Eu rio-me, agradecida. Sou feliz sim e quando não sou tanto assim, colo-me a ideia de que a tristeza é uma condição provisória, nem sequer lhe dou a importância de construir um abrigo, acho que quando nos defendemos muito o inimigo anima-se. Às vezes não percebo que haja tanta gente a viver numa consciência envergonhada de ser feliz, como se a tristeza fosse a maturidade da vida e um adulto feliz fosse um palhaço por disfarçar. Pouco me interessa se a alegria em excesso possa ser confundida com uma bebedeira em vida. Problemas toda a gente tem é um facto. Também nem toda a gente nasce com a sorte de ter um plug-in que dá "amonas" valentes a tudo o que tenta minar essa construção.
É inevitável, a tristeza irrompe sempre pela vida, o importante mesmo é não lhe dar conforto que chegue para se instalar. Como aquelas pessoas chatas que para apressar recebemos em pé.
Penso imensas vezes sobre as razões porque insisto tanto em ser feliz. Acho que à força de querer tanto já não sei ser outra coisa. E não tenho medo nenhum de o afirmar, porque também existem uns tantos teóricos da vida que acham que as coisas boas se guardam no cofre, eu prefiro saldar gargalhadas numa venda de garagem. Acho que é inegável que existe uma cumplicidade grande entre o sofrimento bem digerido e a maturidade. As melhores pessoas que conheço não são as tristes, são aquelas que digeriram a tristeza da vida e converteram isso em fermento de carácter. E essas pessoas, também não são aquelas que passam a vida a acusar a sua condição de orfandade para se fazerem grandes empoleirados na tristeza. São aqueles que choraram na altura certa, que deram o desconto ao sadismo da vida, que condescenderam desde novos com as incongruências do destino, que não desistiram dos seres humanos só porque nem tudo era perfeito, nem ficaram reféns na procura passiva do sentido de justiça. Essas são as pessoas TOP! São os amantes da vida. A malta que aprendeu a sacudir a poeira dos maus momentos com património de felicidade, são os que acreditam genuinamente nas pessoas e por isso ainda se surpreendem, são os que perceberam a dimensão do tempo e por isso conseguem viajar a partir de qualquer lugar. Essas pessoas que conheceram a evidência mais crua da vida são as que mais conseguem criar, são as que olham para uma planície árida e imaginam uma floresta imensa. Essas pessoas sentem-se responsáveis por animar o mundo, só porque se sentem agradecidas por serem animadas. Essas pessoas são guerreiras porque acreditam que o sentido maior da paz nasce na tranquilidade serena de aceitar que algumas batalhas da vida são feitas para perder. A dimensão do tempo é a dimensão da vida. O passado tem apenas o efeito edificante de nos lançar para o futuro e o presente é o lugar em que acontece tudo. Ninguém cuida muito das pessoas felizes porque elas parecem estar sempre bem. E as pessoas felizes sabem que têm que estar bem porque aprenderam a cuidar de si mesmas.
Não sei se sou a amiga mais feliz, mas sei que enquanto vou podendo, vou vivendo, sem medo, de ser apenas, feliz."


"Se procurasse nos álbuns, com sorte, talvez encontrasse uma foto enternecedora de um pai vintage com calças à boca de sino, camisa cintada de golas pontiagudas e uma criancinha loira com chapeuzinho de elástico na cabeça, sapatos ortopédicos e meias pelo joelho, que seria eu. Depois, punha uma legenda amorosa e era tudo mentira, porque um pai não se forja numa Polaroid, forja-se na presença dos dias, no impulso do carinho, na constância, no temperar da impaciência, na resiliência, na perspectiva de um futuro e no colo demorado. Não tive essa sorte, tive outras. O meu pai, da pasta só tinha o título. E como respeito o sentido etimológico das palavras desde que tinha idade para estar ao colo de um pai, passei a chama-lo "Senhor".
Que me perdoe o Senhor lá de cima que apesar de também aparecer pouco, dizem que quando dá os ares da sua graça, faz milagres. Sabia o que era um pai e tive um avó que desejei com muita força que tivesse o cabelo mais escuro para fazer as vezes de pai. Fiz me pessoa sem essa figura e não dramatizo, mas quando era criança, dava por mim a pensar qual seria o critério em falta para coxear como filha, pensei que isso estava lavrado no código das relações e quis denúncia-lo por incumprimento, mas o amor não se oferece a penas e cresci assim, forjando-me como sabia no amor a mim mesma. Mas vocês não loirinhas. Vocês tiveram a sorte de ter um pai à altura dos sonhos que tive para mim. E hoje quando dou por mim a invejar a forma voraz com que soletram Pai, dou por mim a pensar que o vosso amor próprio tem a dose certa do amor do pai e do amor desta mãe que recolhe muitas vezes ao quentinho do vosso colo para matar as saudades de uma fotografia que nunca conseguiu encontrar."

a mim ninguém me manda flores

8.10.13
A usar lenços na cabeça desde 1992. E continuo a gostar:) Mas porra, há quem escreva posts destes sobre mim:

"Pronto, eu comecei a escrever este post porque ia falar da Frida Kahlo e contra as tendências, mas ao chamar ao pensamento a imagem da Frida, lembrei-me da Sílvia, que é uma mulher dessas, que traz no corpo todas as cores da sua alma, e de como foi bom, aqui há uns tempos, ter conhecido a Sílvia em pessoa e ter ficado a observá-la, da janela do café onde nos íamos encontrar, a descer a rua com o estilo arco-íris, como se saísse de um livro, de um filme, de uma canção de rock´n´roll, e de essa visão me abrir um sorriso de alegria infantil. " 

 in Locais Habituais - Pessoas únicas -  a Sílvia

E se muitas vezes sinto que as pessoas não me entendem ou que eu não entendo as pessoas, e sinto uma enorme solidão neste mundo online (e no real por vezes também), outras vezes sinto as palavras dos outros como um espelho de mim, simples, directas, sem rodeios, só porque as pessoas são desta ou de outra maneira e há quem se identifique e quem sorria e quem fale bem de nós.
É uma honra, ter as palavras da Dora a falar de mim, hoje no blog dela, sem imagens nem fotos de perfil, só palavras, das boas, das que se juntam e fazem um retrato.

Obrigada!

há dias em que ela me irrita profundamente

7.10.13
Fotografia, 07-10-13 - 11.12 #3 - nunca chega a horas;
- não arruma a secretária;
- mistura trabalho com diversão e está neste preciso momento a fazer fotografias estúpidas em frente ao computador;
- aquela caixa de correio dela tem sempre mais mensagens por ler, do que os dedos das minhas mãos;
- será que ela não lê posts de auto ajuda nos blogs? como se organizar, como ter sucesso, como ser uma mãe perfeita, como ter o local de trabalho adequado e arrumado?
- procrastinar! aí está algo que lhe digo sempre para eliminar do seu dicionário, mas adianta? digam-me, adianta?
- e as crianças? as coisas que ela lhes promete que vai fazer e não faz? é a horta, o quarto dos brinquedos, o jardim zoológico, a bicicleta nova, ir cortar aqueles cabelos que as crianças quase não vêem nada...enfim...
- e já agora alguém já reparou no cabelo dela? pois, não preciso de dizer nada pois não? podia ir a família toda passar o dia inteiro no cabeleireiro que só lhes fazia era bem;
- não pratica desporto;
- não come a horas;
- não tem um horário de jeito, a mulher não se organiza, às duas da manhã anda por aqui, click, click e quando vou a ver comprou mais umas cortinas no etsy! mas é possível? ela não tem sapatos de jeito, mas cortinas velhas não lhe vão faltar;
- o carro dela tem mais lixo do que o contentor lá de casa, e não falo só de papéis, falo de 'coisas', várias coisas. Para não mencionar como e que é possível alguém andar com os brinquedos de praia e o guarda-sol na mala, o ano todo, é possível? digam-me?
- digo-vos, estou farta de trabalhar com esta rapariga, por este andar nunca mais fico rica e muito menos famosa!

as minhas barrigas @ bellysketcher

4.10.13
as minhas barrigas @ bellysketcher as minhas barrigas @ bellysketcher Já foi há mais de 2 anos que estive grávida pela última vez. Confesso que quando olho para as minhas fotos fico já um pouco nostálgica, não de estar grávida, mas do efeito bebé, do cheiro, do colo, daquela sensação única que se tem. Quem já foi mãe, sabe do que falo.
Não, não estou grávida outra vez, nem planeio estar, se bem que há dias em que a ideia do 3ª filho me agrada, mas há outros em que parece uma grande loucura:)

Quando vi o trabalho da Inês, tive pena de nunca ter feito nada do género na minha gravidez, para imortalizar a imagem numa das minhas paredes. Mas depois falei com ela e percebi que podia fazer algo parecido através de fotografias. E assim foi, seleccionei algumas fotos de ambas as gravidezes e enviei para a Inês. Não lhe disse mais nada sobre o trabalho, nunca a vi nem ela a mim, nunca falei com ela ao vivo. Pois foi com surpresa que abri os meus desenhos no outro dia e vi a minha imagem, grávida, desenhada, com as minhas cores preferidas, com o crochet cá de casa, com o meu universo.
Fiquei muito feliz. E agradeci à Inês por este momento tão especial, e tão fora de tempo, que me encheu de boas memórias.

A Inês também anda por aqui nas mudanças no Muda de Página e eu sei que nunca lhe vou poder oferecer a mesma sensação de surpresa que ela me ofereceu a mim, mas fico muito feliz por ajudar a preparar uma casa para receber estes lindos desenhos no mundo dos blogs.

Bom fim de semana!

PS: a imagem de cima é na gravidez da Lígia e a de baixo na da Simone

www.bellysketcher.com

women I admire don´t wear heels*

3.10.13
(* women I admire don´t wear heels é o nome do board do pinterest de La Casita de Wendy, todas as fotografias fazem parte desse board) 

Aos 35 anos ainda não faço muitas coisas que achei que iria fazer, uma delas é usar saltos altos.
Não sei.
Não me sinto bem.
Uso pontualmente sandálias altas no Verão, mas o que é alto para mim não é quase nada para qualquer mulher.
Quando me encontro no meio de mulheres da minha idade, em mega saltos, carteiras de pele, caras e cabelos arranjados, fico a pensar onde andei todos estes anos que ainda não me sei 'apresentar' para a minha idade. Sim, porque quer queiramos quer não, é este pensamento que nos ocorre. Por mais livres e conscientes do nosso estilo que sejamos, e eu sou, há momentos em que a única sensação que nos percorre é o desconforto de ser diferente. E se me perguntarem o que eu escolheria neste momento, eu escolhia ser como sou, mas poder calçar saltos sempre que me apetecesse e parecer que estou de sapatilhas. Não é possível pois não? Não.

Depois há este mundo louco da blogosfera e das redes sociais, em que toda a gente tem e parece e vende. Em que todos os dias entram no nosso ecrã milhares de mulheres de todo o mundo, com posts sobre o que compraram, o que comeram, onde foram, o batôn e a blusa, o cabelo e o rímel, os sapatos sempre novos e prontos para fazer a maratona na cidade, posts a que todos têm direito, claro que sim, vidas que existem de uma forma ou de outra, mas que por vezes parecem camiões a passar em cima dos olhos de quem lê. E nós só vemos e lemos o que queremos, certo também, mas é como estar no meio de uma festa de luzes e carrosséis e fazer de conta que não se ouve o barulho. Impossível.

Bem, tudo isto para dizer que hoje me cruzo com este quadro do pinterest da 'Casita de Wendy' uma marca, escola e blog que vou admirando à distância, pelo estilo que imprimem em tudo o que fazem e pela mensagem que passam. E fundamentalismos à parte, que não é essa a minha intenção, fiquei algo reconfortada ao olhar para este board do pinterest e ver tantas caras que também eu admiro.
E isto não é apenas sobre os saltos altos, nem sobre qualquer acessório de moda, mas sim sobre o impacto das imagens, da nossa imagem na nossa vida. Sobre quem somos e o que parecemos. Sobre as dificuldades de se manter uma individualidade, de não ter de mostrar para ser. De ser sem parecer.

arte

1.10.13
oldies but goodies Se há discussão que se aproxima da questão da fé, é a discussão da arte.
O que é arte. Quem decide o que é arte. E de facto, entre várias abordagens, é difícil chegarmos a um consenso, a uma definição que nos sirva a todos e que todos conseguimos compreender. Por isso a determinada altura deixa-se essas coisas para os críticos, os especialistas, que a maioria de nós não faz a menor ideia de quem são nem em que princípios se baseiam.
E tudo entra num campo enevoado a partir do qual já ninguém se parece interessar.

Hoje o Seth Godin, fala de arte e define a arte de uma forma muito objectiva, como é característico nas suas abordagens.
E assim, sem muitas discussões eu consigo concordar com ele:
"Art doesn't mean painting, art doesn't mean realistic and art doesn't mean beautiful."
"Art doesn't mean craft. And art isn't reserved for a few."
"Art is the work of a human, an individual seeking to make a statement, to cause a reaction, to connect. Art is something new, every time, and art might not work, precisely because it's new, because it's human and because it seeks to connect."
"Five hundred years ago, no painter would talk to you about ideas, or even impact. Painters merely painted. Today, you don't need a brush to be an artist, but you do need to want to make change."
(leiam aqui o artigo completo)

E hoje, falando em arte e pensando nas novas formas de a fazer, ouço ao mesmo tempo uma música que também é um poema e que enquanto forma de arte nos consegue tocar a quase todos, não é verdade?

  (via FB da Marta Plástica)