Caraças menina rapaz

26.11.15

Custou, mas reencontrei o Menina Rapaz!

O Menina Rapaz foi durante algum do seu tempo de vida no blogger o meu blog de eleição. De repente desapareceu. Esfumou-se. Foi-se.
Pelos vistos foi propositado, a Joana queria mesmo desaparecer e recomeçar noutro sítio, de outra maneira...

Ainda por cima numa época de nascimento de tanta cena-fofa-kitada-pseudo-fashion-blogueira que me deixava com o ânimo em baixo.
Eu própria de dia para dia ia perdendo aquela vontade de por cá para fora o que me ia na alma, aligeirava o meu pensamento para que não ofendesse ninguém e ficava-me pela rama, pelo superficial, pelo pontual e muitas vezes menos sentido ou sequer pensado.
A naturalidade de colocar posts cá fora como quem manda postas de pescada desapareceu. Presa entre o não tenho fotografias de jeito, ou o, já se falou sobre isto, ou mesmo, se calhar pode não ser bom para mim escrever este tipo de coisas, ia se perdendo o hábito, mas acima de tudo a naturalidade que sempre me deu gozo nestas coisas dos blogs.

A minha vida está de novo em trânsito, preparo mudanças e novos saltar de muros e o meu blog sempre me acompanhou nestas coisas, queria muito por isso um novo fôlego destes dedos no teclado (por isso também o retorno ao raparigas como nós). Para isso, o reencontrar por acaso da menina rapaz  e também o ler novas linhas nos Locais Habituais, me deixou de certa maneira com os dedos a fervilhar.

Agora vou actualizar-me nos posts da Joana Cabral que pelos vistos ando perder há muito!




you are not a rock star

20.11.15



Sienna Miller from Cass Bird on Vimeo.

Obrigada Sienna.
Finalmente alguém se ri da piada que todos andam a ver.

uma agenda verdadeiramente pessoal

13.11.15

Apesar de todos os gadgets e computadores que temos à nossa volta, continuo sempre a recorrer ao papel para me organizar. Para pensar o trabalho e planear a vida preciso de escrever. E no fim, gosto daquela sensação de olhar para o que lá está e ver o que já consegui, as ideias que tive, os projectos que criei, os sítios onde fui.
Por vezes chego ao ridículo de, no final do dia, escrever actividades que não estavam previstas apenas para ter o prazer de as assinalar como feitas (cada tolo com a sua mania). E a verdade é que esta mania me ajuda muitas vezes a reduzir a ansiedade do dia que passou rápido demais e parece que não fiz nada.

Ao longo dos anos, mais ou menos por esta altura começa a minha busca dos cadernos e das agendas perfeitas. Sou uma fã assumida dos moleskines, pelo tipo de papel e capas que sempre me agradaram, mas, apesar dos vários formatos de agenda, nenhuma delas nunca se adaptou às minhas necessidades fazendo com que acumulasse por ano mais do que uma agenda e as coisas acabavam sempre por descarrilar.

Pois neste último semestre do ano tenho estado a experimentar o 'bullet journal' que, posso vos dizer, é perfeito para uma pessoa como eu.
No fundo somos nós que fazemos a nossa própria agenda, com os recursos que precisamos, o processo apenas nos dá uma orientação para que nada falhe e tudo tem uma forma de ser encaixado.
E não é que resulta mesmo?
Eu já fiquei fã, ora vejam lá http://bulletjournal.com/.


no to spec

9.11.15
Para quem trabalha com serviços o trabalho especulativo está um pouco por todo o lado. De tal forma, que a determinada altura, mesmo sem darmos por ela, já o fazemos porque nos parece que faz parte do processo.
Não faz.





[imagem via a palavra do cliente]

A fotografia que muda vírgulas

5.11.15

Para mim não há fotografia como a do Paulo Pimenta ou talvez não haja fotógrafo como o Paulo Pimenta. Como se diz por aqui no Porto é o maior e isso vê-se por este texto incrível na primeira pessoa na página do Porto olhos nos olhos.
Não o conheço pessoalmente, mas sei que a cidade tem a sua cara, ou serão as suas imagens que são a cara da cidade? A imagem do Público para mim, é em grande parte marcada pelas suas fotos, inconfundíveis e carregadas de emoção.

As fotografias dele não mudam só vírgulas, mudam vidas, as de quem ele fotografa e as de quem as vê. Mas as minhas palavras não são nada, vão lá ler as dele e depois, se não lhe identificam o trabalho comecem a ver. Vai ser uma descoberta que vos vai durar a vida toda.

A emoção das velharias

1.11.15
Uma foto publicada por Sílvia Silva (@asilviasilva) a

Sinto uma verdadeira emoção quando vasculho entre objectos numa qualquer banca de velharias e encontro algo que gosto. Mais do que uma roupa espectacular, ou qualquer compra que possa fazer para mim.
Não sei se é pela sensação de oportunidade, a ideia de uma peça única que jamais se vai repetir e por um preço simbólico. Ou será talvez a nostalgia de salvar algo do esquecimento eterno e lhe dar uma nova vida.
Tenho preferência pelas bancas que dispõem os objectos no chão, em que tudo está caótico e amontoado e que, à partida, não se dá nada por aquilo. É lá que aparecem as melhores peças, por um/dois euros.
Sei que, à partida, quando um vendedor se dirige a mim e me diz logo, sem hesitar, isso é sacavém menina, já não vou comprar. A peça estará, à partida sobrevalorizada, e só compro se for mesmo muito bonita, nunca pela marca.
Por isso adorei a feira de velharias de Lagoa, que visitei este Verão com a minha irmã, e onde, de facto, as velharias são velharias e há de tudo e coisas incríveis a preços de feira, como deve ser.

Uma foto publicada por Sílvia Silva (@asilviasilva) a

Depois ainda nutro uma enorme curiosidade sobre as pessoas que estão a vender. Profissionais que se dedicam a revirar casas vazias? Pessoas que vendem o seu próprio espólio? Sucateiros?
Gosto de os observar a todos e pensar como será que encontraram aquela peça em particular que tanto admiro.

Uma foto publicada por Sílvia Silva (@asilviasilva) a


As cadeiras dos vendedores das feiras de velharias continuam a ser um mistério para mim.
Cada uma mais bonita do que a outra.
São tronos do estilo sem preço.