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yoga na granja

14.4.15



Não permitas que as tralhas da mente te disfarcem a visão que vê a beleza primária. 
(frase da Maria João, foto de Oleg Oprisco)

A minha cabeça anda sempre cheia de coisas, agendas, frases, ideias, imagens, alegrias, desilusões, aflições e atrapalhações.
Ela não pára, quando eu lhe digo para relativizar ela diz que sim, mas continua na sua, sempre a funcionar.
E eis que, há excepção da noite, em que durmo como se não houvesse mais mundo, tenho uma imensa dificuldade em relaxar, em sossegar a mente e as ideias.

Pois agora há um sítio e um método que conseguem fazer isso com a minha cabeça, chama-se Yoga na Granja, fica aqui bem perto de casa e do mar e tem a professora mais inspiradora e simpática que já conheci: a Maria João.

Nas poucas aulas que vou (e esse é o meu grande problema!) tudo pára. Entramos na porta daquela casa linda e mágica e o mundo pára para respirar.
É um espaço simples e acolhedor a todos, não interessa se és uma 'pro' do yoga, se tens 20 ou 60 anos, se estás lá para melhorar a boa forma, para respirar ou ouvir música, qualquer pessoa é bem-vinda e consegue com facilidade acompanhar as aulas da Maria João.


Tenho a certeza que para quem vive para estes lados este pode ser um sítio muito especial e por isso resolvi partilhar aqui, pois sei que desse lado há outras tantas cabeças inquietas, corpos adormecidos, a precisar de um momento para si.

E se há coisa que gosto de fazer neste espaço é partilhar com quem me lê experiências e opiniões e esta é uma das melhores coisas que decidi fazer nos últimos tempos.

Pedi autorização à Maria João para fazer o post e aproveitei e fiz-lhe algumas perguntas para ficarem a conhecer melhor o Yoga na Granja. Cá vai:

1 · Quando começaste a praticar yoga e porquê?

Pratiquei pela primeira vez há cerca de 8 anos, porque parecia que a palavra yoga me chamava. No meio da cidade caótica em publicidade havia uma mais insignificante que dizia yoga e na qual estranhamente me focava. Mas não gostei da primeira aula de Yoga, fiquei até com dores de cabeça. Em 2010 resolvi insistir só mais uma vez e nunca mais larguei!

2 · De que forma o yoga influencia a tua vida?

Acaba por estar presente em todas as minhas acções conscientes já que é ele que me ajuda a desenvolver a consciência no presente.
Assim, a cada instante, convivo comigo própria numa relação mais transparente, mais saudável, aproximando-me da minha natureza interna...e isso é Yoga!

3 · Que tipo de pessoas vem aprender no yoga na granja? O que achas que procuram nas tuas aulas? 

É engraçado que temos pessoas diferentes todas procurando um momento de pausa com paz, um encontro com a sua serenidade. Essa serenidade fica bastante imperceptível na agitação quotidiana, e faz falta a toda a gente.
Cada vez mais se propaga a consciência da necessidade da integração corpo / mente e esse fenómeno evolutivo traz gente sorridente e de todas as idades! É fantástico..


4 · Geralmente quem está de fora associa o yoga a pessoas muito saudáveis e...magras. O yoga é para todos? 

É, de facto há essa tendência.
Mas repara como os conceitos são perecíveis e culturais: a ideia de que o Yoga é para todos é uma interpretação ocidental porque na sua origem Indiana o yoga era apenas para os sadhus, homens que dedicavam a sua vida ao caminho espiritual isolando-se em grutas ou florestas. Sim apenas homens, não mulheres!
Hoje, existe a ideia que Yoga é para todos e se fores a uma aula de Yoga o mais provável é haverem mais mulheres que Homens.
Quero com isto dizer que, como tudo, esta sujeito a interpretações culturais e a magreza não tem a ver só com o Yoga mas com um estereotipo cultural de beleza que deve ser interpretado com alguma distância. Absolutamente, não é necessária nenhuma condição para praticar Yoga, seja ela física, ou de outra Natureza. Esta é minha sincera opinião.




5 · O que pode um iniciante como eu, que tem dificuldade em chegar com as mãos aos pés esperar das tuas aulas?

Não deverá esperar nada para ser sincera. O Yoga é um caminho de auto-conhecimento, que por si só traz equilíbrio e bem-estar mas todas as aspirações, objectivos ou ânsias que possam interferir com esse processo são um obstáculo ao mesmo.
Há coisas que não fazem sentido se o objectivo final estiver á frente da vivência. É como querer por o carro á frente do Boi, simplesmente não anda! O Picasso não pintava porque queria ser “um Picasso”, pintava porque provavelmente `sentia-se` a pintar, vivenciava o processo.
Do Yoga não esperes ter um corpo exemplar nem mesmo saúde, chegar com as mãos nos pés nem controlar a respiração ao ponto de a suste-la durante 1 minuto. Será uma prática de Yoga mais autêntica se o praticante decidir encarar as ânsias de conquistas com leveza e entregar-se ao momento de integração, usufruindo do corpo como ele é naquele momento, aceitando-o e estimando-o.
Então neste caso a vivência de um momento de encontro com o silencio interior é só o que se deve esperar do Yoga, nada mais.
Os resultados, as conquistas.. naturalmente virão alguns, outros não.


#bestyogapractice #yoganagranja #theroadtosomewhere

· Yoga na Granja ·

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E-mail: yoganagranja@gmail.com
EM BREVE: aulas de Yoga para Crianças!

da vida

7.4.14
Ontem morreu o Manuel Forjaz.
Apesar dos seus desejos, não consigo deixar de ficar profundamente triste.
Vou sentir falta de seguir os seus posts no FB, do seu pensamento sempre de olhos postos no futuro, do positivismo, da força, das palavras sempre pertinentes, mas acima de tudo vou sentir falta da esperança que ele me dava na vida, por estar doente, o tempo todo que ele esteve e continuar a viver.
E eu, em certos momentos ficava com uma esperança de que afinal o cancro pudesse não ser aquilo que eu penso que é.

O meu pai e a minha mãe morreram de cancro.
Mas em minha casa nunca ninguém falou sobre a doença enquanto a viveu. O meu pai não chegou a saber que a tinha e a minha mãe nunca o conseguiu fazer, talvez pela medicação e pela dor que lhe foi atenuando todos os sentidos. Eu que a vivi intensamente confesso que também não o sei fazer (por isso raramente partilho aqui pensamentos ou experiências daquilo que vivi, não porque não ache que seria muito válido para outras pessoas, apenas porque não consigo).
Ler o Manuel Forjaz era como uma catarse daquilo que nunca se disse, nunca se pensou, nunca se falou, da vida, da morte e acima de tudo do medo.

A ele, um muito obrigada e um até sempre.
Aos meus, o meu coração continua a ser pequeno para tanta saudade, um até já.

margarida girão, the super lady

10.2.14

Já foi há alguns anos que me cruzei com um trabalho da Margarida Girão na Internet. Acho que foi esta foto.
Desde então de forma mais ou menos intermitente fui acompanhando e admirando o trabalho da Margarida. Das muitas ilustrações com recortes que ela cria, passando pela sua viagem a solo pela América do Sul, até à nova loja onde vende peças de roupa com as suas ilustrações, a Margarida consegue sempre surpreender-me e prender-me ao ecrã a acompanhar o que quer que seja que ela faz.

Ultimamente têm sido estas ilustrações acompanhadas de pequenas frases que me têm deixado a pensar.
Todos os dias nos cruzamos com fotos e frases em todas as redes sociais, mas as imagens da Margarida conseguem despertar em mim algo mais. A super lady é uma das imagens mais poderosas que vi nos últimos tempos. Tive a sorte de a receber junto com a t-shirt que lhe comprei no outro dia, e agora anda comigo na agenda para todo o lado. É como um amuleto de energia e inspiração.
A propósito deste trabalho de ilustração, que ela me explicou ser todo manual, perguntei-lhe no outro dia:

Achas que as tuas imagens podem distribuir super poderes pelas mulheres da 'rede'?
- Sim, as imagens são super poderosas. Tens que experimentar. Ainda ontem fui a Timor Leste com um botão na orelha direita e asas de pombo nas costas. Ah, tenho um braço cristal, protege-me do mau tempo. E quando estou quase a stressar olho para a menina que faz pilates, e uf! lembro-me que preciso de relaxar.
A influência das ilustrações depende muito da receptividade das pessoas. A imagem tem poder, mas por si só não faz acontecer.

Depois disto, há uns dias li uma das entrevista mais originais dos últimos tempos, feita pela Maria Pratas  à Margarida para a revista Mutante, em que ela fala um pouco de si e da sua forma de ver a vida e o mundo, o que veio reforçar a minha admiração e o poder das ilustrações! 

Para já fiquem com mais algumas das ilustrações da série 'oh dear, that's life', que já estão disponíveis na loja em forma de postais, e sigam a Margarida no seu Facebook, onde a inspiração é garantida.

the best of your life

12.1.14
Este é o Manuel Forjaz que muitos de vocês devem conhecer.
Ele combate o cancro há mais de 5 anos com uma visão da vida sempre muito forte e determinada. E fala sobre isso. Fala como poucos o fazem. E isso é tão, mas tão importante para tantas pessoas por esse mundo fora. Para os que estão doentes e para os que estão saudáveis.
Para mim esta não é a típica mensagem inspiradora do 'vive a vida' mas sim as palavras de quem está doente, de quem sabe e convive com a ideia da morte todos os dias e de quem consegue acima de tudo viver sendo ele próprio. Sorrindo. Comandando a sua própria vida.
E isso meus senhores, é tudo.

you can change the world

6.12.13
Hoje foi dia de comprar o jornal!"You can.
You can make a difference.
You can stand up to insurmountable forces.
You can put up with far more than you think you can.
Your lever is far longer than you imagine it is, if you choose to use it.
If you don't require the journey to be easy or comfortable or safe, you can change the world."
(A Legacy of Mandela by Seth Godin)

♥♥♥

28.3.13


Não sei se é o look 'couldn't care less' ou se as paixões conturbadas de mulheres lindíssimas por um homem baixo e feio, se as músicas sensuais, ou o feeling que se sente nas fotografias deste pessoal. Mas tenho frequentemente a sensação que já não há 'estrelas' de cinema/música com estilo, verdadeiro estilo. Está tudo ou tão aborrecido ou tão discreto ou tão 'azeiteiro', que nem dá vontade de querer saber nada deles!
Esta senhora tem também um pormenor incontornável, esta cesta do Algarve que levava para todo o lado. É, meus senhores, isto é ter estilo, muito!


silêncio

11.5.12