to like or not to like

15.11.11
(fotografia do site modcloth)




esta semana que passou foi intensa! nunca imaginei que a minha micro loja pudesse ter uma recepção tão calorosa:)
agradeço a todos os comentários, e-mails, divulgação, palavras de apoio e entusiasmo que recebi nestes últimos dias. acho que o meu novo projecto se identifica naturalmente comigo, é orgânico e por isso não precisa de muito esforço, o que para mim é uma batalha ganha, pois sinto que encontrei o parceiro ideal para o meu blog. estou feliz e por isso cheia de novas e boas energias.
bem, mas este post não é para 'passar graxa' ao pessoal, ou a imagem lá de cima não faria qualquer sentido! é que ando, mais do que nunca, farta do facebook. é um vício pegajoso, é o que eu acho. não quero sair de lá porque sinto que é o único sítio em que me ligo a pessoas que de outra forma nunca 'veria', também porque é através dele que leio e sei de novidades que me interessam muito concretamente. gosto também de acompanhar alguns 'passadores de música' com gostos semelhantes ao meu. mas a verdade é que a maioria do tempo em que por lá passo, não vejo nada de interessante e a expressão que me ocorre frequentemente é 'who cares?'. já fiz o exercício de não o ligar durante uns tempos, e a sensação que fica é a de que estamos por 'fora' de tudo. estranho, muito estranho, porque há pouco tempo atrás não o usava e nunca lhe tinha sentido a falta. é daquelas necessidades que nos são impostas e que se entranham quase sem darmos por elas. ok, eu sei que posso 'limpar' o meu mural de coisas que não gosto, fazer grupos específicos e arrumar a coisa de maneira a ficar mais interessante para mim, mas isso dá-me muito trabalho e consome-me tempo, que é coisa que não quero perder por lá.
no outro dia estava a lembrar-me de uma conversa que tinha tido sobre a utilização intensa de computadores e internet em minha casa, há já alguns anos, e uma quase ausência de televisão. o que para a maioria das pessoas parece estranho. acho que a minha casa, é a única que conheço que ainda não tem daquelas televisões 'fininhas'! na altura eu justificava essa situação dizendo que a televisão era invasiva, obrigando as pessoas a consumir os seus conteúdos e as ideias e palavras daqueles que têm o privilégio de estar do lado de dentro da 'caixa'. por outro lado, a internet é mais livre e independente. somos nós que escolhemos o que queremos ver e ouvir e, temos acesso a um sem número de pessoas e conteúdos que produzem pensamento livre e individual.
pois com o facebook já não é bem o que sinto. às vezes imagino o facebook como se de um espaço físico se tratasse, e nesse espaço está muita gente, com pouco ar para respirar, todos falam alto e de forma autista e quase ninguém ouve nada. tudo isto, acompanhado de uma música muito alta e de milhares de imagens que passam em ecrãs a uma velocidade estonteante.
eu não sei se gosto ou se não gosto. sei que consumo menos, porque ando ocupada numa vida 'física' que me preenche as mãos, o tempo e o coração. gostava de incrementar mais o meu blog e trabalhar a fotografia, e vou fazer disso, a par com o 'choose your own head' os meus grandes objectivos para o novo ano que se aproxima. preciso de concentração e foco, é isso...e um pouco de organização também dava jeito:)

5 comentários:

  1. Revejo-me bem nisto! E tb não sei se like ou deslike :/

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  2. Em primeiro lugar, muitos parabéns pelo teu projecto. Espero que seja um sucesso! :)

    Eu desisti de ter página pessoal no FB exactamente pelas razões que mencionas. Ao fim do dia estava com a cabeça cheia de porcaria que não interessava nada, conversas parvas, etc. O barulho era muito mais incómodo que tudo o resto de bom que podia ter.
    Agora só mantenho a minha página profissional. Posso ver as páginas profissionais de outras pessoas ( coisas que realmente me interessam) e por vezes também algumas páginas pessoais de pessoas de quem gosto, quando têm conteúdos públicos. Sinceramente, para mim, este método tem sido um alívio.

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  3. Penso que o facebook se entranha quase como um vício, ou se larga de vez ou ficamos meio dependentes. Assim como o tabaco, ou fumamos muito, pouco ou nada. Já fechei uma conta fb e voltei a reabri-la. Os blogs hoje passaram a ter um papel secundário (infelizmente), as pessoas preferem ler e clicar likes nos feeds dos murais, do que se darem ao trabalho de ir ao blog em questão e comentar. Tudo se passa à volta dessa caixa azul e branca, fora disso pouco ou nada acontece! Da minha conta particular eliminei cerca de 200 pessoas e metade filtrei e dividi por separadores de privacidade. Dá trabalho organizar tudo isso, mas hoje abro o fb e só leio e vejo o que realmente me interessa! É um mundo que pouco me diz, um mundo de disputa, um mundo onde se criam amizades desmesuradamente, onde as pessoas se amam muito ou rapidamente se deixam de gostar! Cheguei a receber emails em que me diziam que o meu trabalho,e os meus posts eram a alegria de todas as manhãs, recebi presentes de pessoas que nem conheço fisicamente, mas para quê?! Se ao não te alinhares em determinado "grupo" te excluem e te põem de parte à primeira instância! Não preciso disso para viver então há que afastar o que realmente não nos interessa e procurar o lado positivo do facebook!

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  4. ufa!
    arrumaste as minhas ideias!
    a imagem da sala cheia de gente, autista e barulhenta é mesmo boa!
    n me imagino a "sair" pq sentir-me-ia a "perder qq coisa" mas acho q veio piorar a nossa vida.
    A única coisa boa é ir seguindo os amigos que moram longe, mas hj em dia até escrever um e-mail é um esforço!
    parabéns pela loja (q partilhei no meu mural ;))

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  5. Este post fez-me lembrar estes carimbos que descobri há pouco tempo: são um amor.
    http://www.knockknock.biz/catalog/categories/accessories/self-inking-stamps/thanks-being-stamp/

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