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queres casar comigo?

22.12.14
queres casar comigo 1queres casar comigo 2queres casar comigo 3queres casar comigo 4 Sou 'casada' há quase 12 anos.
Sem papéis, benções religiosas ou autorizações paternais.
Um processo natural que se foi desenrolando com a vida e que nunca careceu de grandes decisões para termos a certeza todos os dias que queremos estar um ao lado do outro.
Nunca quis casar, desde miúda que registei algures no meu cérebro que os casamentos eram uma coisa muito chata, cara e sem grande sentido para a vida que eu ia viver.
Acima tudo uma das razões que me levou a ter estas ideias é que nunca fui a um casamento que eu ache espectacular, alguns mais divertidos que outros, alguns mais bonitos, comidas melhores ou piores, mas aquela sensação de uma festa longa demais, cansativa e de sapatos apertados, fica-nos sempre na memória.
Claro que com os amigos a casar a sensação é diferente, porque são da nossa geração, mas ainda assim, nenhum me deixou cheia de vontade de casar.

Agora com a internet o cenário é diferente. Têm explodido por aí vídeos e cenários de casamento absolutamente idílicos que me deixam de queixo caído. Vestidos de cortar a respiração. Festas que de tão lindas apetece lá estar. Mas estamos na internet. Estamos nas fotografias editadas, nos vídeos trabalhados e nada do que parece é totalmente assim. No outro dia uma amiga comentava a propósito de um vídeo de casamento: 'mas nessa festa é toda a gente bonita e nova? onde estão o resto das pessoas? as normais?'

A verdade, é que a internet e as novas empresas de organização de casamentos, os fotógrafos incríveis que agora há no mercado, as mil e uma possibilidades para os vestidos de noiva, os novos formatos de festas, têm provado que é possível casar de forma diferente em Portugal. É preciso imaginação, muito trabalho, as pessoas e o sítio certo, mas que parece ser possível, lá isso parece.

Há muito que acompanho a Susana Esteves Pinto na internet, o seu incrível trabalho com o Simplesmente Branco e a sua postura e criação de conteúdos online, de se lhe tirar o chapéu. Uma verdadeira profissional no verdadeiro sentido da palavra. Apesar de não a conhecer pessoalmente identifico-me com os conteúdos e as posturas, as opiniões e a forma de estar na web.


A Susana escreveu um livro, o 'Queres Casar Comigo?' com tudo o que é preciso saber para se organizar um casamento.
E se ela fala de casamentos eu ouço. Não o faria com muitas pessoas, mas com ela sim. E se ela escreve um livro sobre a organização de casamentos eu quero ler.
Mesmo não havendo planos para festas ou eventos, ter este livro nas mãos é um prazer.
O resultado de muito trabalho e anos de experiência, juntam-se com as fotografias certas e as palavras objectivas e levam o leitor por todo o processo de organização de uma festa de casamento.
Todas as perguntas e respostas estão lá, a forma como tudo se deve organizar, a liberdade que cada um tem de fazer as coisas à sua maneira, o trabalho que dá, as soluções que existem. Confesso que a maioria das coisas que lá são abordadas eu nem sabia que se tinham de considerar. Não faço a menor ideia por onde começar a organizar algo da dimensão de um casamento e acredito que a maioria das pessoas deve ser como eu. Por isso um livro destes pode mesmo ser uma tábua de salvação num mar de ideias e opiniões e orçamentos.

E sim, o livro consegue inspirar. Consegue deixar-nos com a ideia de que uma festa à nossa medida é possível. Não sem muito trabalho, que todas dão, mas possível.
Que não é preciso os sapatos apertados e os vestidos armados, que os convidados podem ser quem nós mais gostamos, que a festa pode ser divertida, que não precisamos de tendas e quintas xpto, há alternativas. Mas têm de ser pensadas. Este livro está aí para ajudar as pessoas a pensarem e a organizarem um evento que pode vir  a ser maior festa da sua vida!

E já agora que se fala de casórios, para mim era um destes se faz favor, que nem de propósito foi feito lá para os lados da nossa 'Maura':D

'We want to read about characters that win'

17.10.14

Hoje no Humans of New York, a afirmação deste homem relembrou-me algo que penso por aqui vezes e vezes sem conta.

“I’ve written so many stories and novellas that nobody will look at, plays that I can’t get produced, screenplays that will never be made. Everything is so branded these days in the art world, it’s so hard for an outsider to get work.” 
“In what way would you consider yourself an ‘outsider?’” 
“I’m interested in failure, so those are the themes that I like to explore. But we live in a society that celebrates triumphalism. A society wants art that reaffirms itself. We want to read about characters that win.” 
“What was your lowest moment as an artist?” 
“I worked on a screenplay for two years, and it had just been turned down by the fifth theater in a month, and I remember walking down 5th avenue in the middle of winter, tossing the pages one by one into the slush, vowing never to do it again. It was just a few blocks from here, actually.”

E é isso, também aqui pelos lados da internet se vive o mesmo que nas artes.
Há os extremos, a internet que parece que só celebra o lado bom e bonito da vida, desde as fotografias bonitas, às frases inspiradoras, aos posts sobre mudança de vida, ao exercício físico, casas e roupas bonitas, viagens pelo mundo, etc, etc. Por outro lado temos a internet que se dedica ao escárnio e mal dizer, que é o oposto desta, mas nem por isso mais verdadeira.

E a falha? E os projectos que nunca saem da gaveta? E as tentativas sucessivas sem qualquer sucesso? E os corpos imperfeitos? E a roupa velha e sem graça? E a cara de quem apanhou um murro logo pela manhã? E os amores que nunca venceram? E o desemprego? E as traições? E as desilusões? Ninguém usa? Ninguém tem? Ninguém vive? Ninguém falha?

Eu falho, porque muitas vezes quando sinto que estou num desses momentos, fecho-me e não digo nada, ou o que digo nada quer dizer. O que interessa ao mundo o nosso falhanço se não houver um final feliz? Se não houver uma motivação boa, um encorajamento ao começar de novo, ao fazer e acontecer? Se calhar não interessa nada e as 'massas' não querem ler blogs deprimentes, isentos de glamour e de detalhes fofos.

Eu abro o meu instagram e só vejo coisas fixes. Mesmo! Desde fotografias bonitas, trabalho artístico, a viagens pelo mundo, selfies bem dispostas, roupas novas, frases encorajadoras, comida saudável, famílias felizes. Eu também gosto de ter um instagram bonito, com cor e imagens que me trazem boas sensações, não quero ter um instagram que me lembre do menos bom, para quê?
No outro dia li um post da Garance Doré que falava sobre isso e em que ela dizia que os amigos lhe ligavam e partiam do princípio que ela estava super bem graças às fotos no seu IG, quando ela tinha acabado de se separar, sair de casa, e estava a passar um mau bocado. As redes sociais não são mesmo a vida real, nunca vão ser, mas que têm grande influência na forma como os outros nos vêem, isso é certo, principalmente se os outros estão distantes fisicamente de nós.

Quando tive a trombose e falei dela por aqui, tive muitas reacções de pessoas interessadas em ajudar e preocupadas, mas também li o comentário sarcástico daquele que publica isso porque quer chamar a atenção.
É preciso peso e medida, entre o virtual e o real, é preciso desligar frequentemente o cérebro e o coração de uma máquina que não é a vida.
Mas também é preciso falar da vida, do falhanço e dos finais que não são felizes. Porque faz parte. Porque se também aqui tudo acaba bem, com os bons de um lado e os maus do outro, então mais vale mesmo ver as telenovelas, porque lá sabemos que está tudo feito para ser assim.


[they do their own thing]: humans of new york

18.10.13
"If you could give one piece of advice to a large group of people, what would it be?"
"Be kind and thoughtful."
"What’s your greatest struggle right now?"
"Being kind and thoughtful. Because I’ve got some friends that are driving me freaking nuts." 

Ontem ouvi uma entrevista com o autor do humans of new york e hoje cruzei-me novamente com ele no blog 'a refinaria' e resolvi por isso falar-vos deste blog, que é já um fenómeno mundial, mas que eu gosto cada vez mais.
Hoje há muita gente a fazer fotografias, há muita gente a fotografar e fazer blogs de streestyle e quando pensamos nisso, parece que já vimos quase tudo o que os nossos olhos poderiam ver. Mas não. Há sempre quem faça as coisas à sua maneira e a sua maneira é tão sua que se torna inimitável. Não sei se as fotos são boas ou más, também não procuro qualidade fotográfica nas coisas que vejo, mas sei que já me emocionei vezes sem conta com as histórias e as caras das pessoas que aparecem neste blog.

As fotografias do Brandon, são verdadeiros retratos de pessoas. As histórias que ele partilha com os retratos são preciosas para quem lê e vê. Duas ou três linhas que conseguem mudar a forma como vemos uma imagem. E nunca, mas nunca me canso. Podem vir mais milhões de fotografias de pessoas neste blog que eu vou sempre querer espreitar as 3 linhas que estão por baixo, sempre com curiosidade, sempre com surpresa.
E porquê? Porque será este blog tão diferentes de tantos outros? Porque serão estas imagens tão reais? Porque é que o que ele faz mais ninguém faz igual? Porque ele faz a sua própria 'cena', não importa se outros também tiram fotografias a pessoas na rua, não se trata de ser melhor ou pior, trata-se de ser real.

E ser real, nos dias que correm, no trabalho que fazemos, nas coisas que partilhamos, nas redes sociais é cada vez mais difícil, há fórmulas e filtros para tudo e mais alguma coisa, regras de sucesso e ideais de fama, organização de ideias e sequências de prioridades. O parecer suplanta em tudo o ser. Competem-se por likes e visualizações, por negócios e visibilidade, tudo online, tudo por trás de uma cortina de fumo e glamour que nos afasta das pessoas reais. A presença online não significa uma vida paralela, somos nós, as mesmas pessoas que estamos do lado de cá, as que somos do lado de lá.
Não precisamos de ser os primeiros e únicos a ter a ideia ou a fazer o que fazemos, isso é uma ilusão, a inovação é sempre o reciclar de algo que já existe, o ver de outra forma de outro prisma. O que nos faz então tão diferentes, o que distingue os nossos trabalhos e criações? É a parte que nos sai do corpo, o esforço que temos de fazer para alcançar coisas simples, mas que somos nós e só nós que o fazemos, são os nossos erros, os nossos falhanços, as tentativas sucessivas, o trabalho mal feito, os passos em falso que damos para avançar, depois há um dia em que fazemos algo que sai bem, e nesse dia percebemos qual o bocadinho de nós que é só nosso e que nos faz tão diferentes de todos os outros!


STORYBOARD: Capturing the 'Humans of New York' from Tumblr on Vimeo.

palavras sem filtro

10.10.13
Eu vejo e leio muita coisa online, a toda a hora, todos os dias.
Algumas dessas leituras fazem parte do meu trabalho, outras são mero prazer, outras acontecem por acaso. O Facebook é a aplicação que nos traz mais palavras e imagens por minuto, sendo que o que o caracteriza é o facto de não escolhermos tudo o que lemos no nosso mural. Lemos de forma automática porque caiu em frente dos nossos olhos, não há tempo para muita selecção e não pensamos quase nunca no impacto, positivo ou negativo, destas palavras e imagens que nos entram pela vida dentro todos os dias.
Foi por isso que reparei com espanto que comecei a ter uma preferência por alguns posts que caíam no meu mural. Tirando os amigos e pessoas próximas que nos dizem algo mais pessoal, as muitas páginas de pessoas e projectos profissionais que seguimos acabam por se esbater nos milhares de pixeis de imagens que vemos e nas muitas letras que acompanham as conversas online.
Percebi que prestava uma especial atenção aos posts da Isabel Saldanha.
A Isabel Saldanha é uma fotógrafa muito conhecida, mas eu não sabia disso até investigar melhor, comecei a seguir a página dela por causa com certeza de alguma fotografia que gostei, mas foi e é nas palavras que colo quase todos os dias.
A Isabel escreve bem, muito bem, mas também não é a qualidade da escrita que me deixa feliz cada vez que vejo a foto de perfil da página dela aparecer no meu mural.
Em cada entrada que ela faz no Facebook, para além da fotografia, há sempre uma história. Da vida dela, dos outros, do que ela vê, do que ela pensa e sente. Uma história com princípio, meio e fim, que me deixa invariavelmente com uma expressão na cara: riso, sorriso, pensamento, melancolia. Qualquer coisa, mas nunca fico indiferente ao que ela me contou naquele dia.
Este post podia ser um post técnico em que eu vos tento exemplificar como se deve fazer para ter uma boa presença nas redes sociais, mas não é. Não é, porque isto que a Isabel faz não se aprende, não se coloca como lembrete na agenda, não se escolhe fazer para o ano novo. Faz-se.
As palavras da Isabel não têm filtro, ela não precisa de muito para as escolher porque lhe são naturais, porque as histórias que ela conta, ela vive e imagina, porque os sentimentos de que ela fala, ela sente.
E depois há a coragem, o momento em que escrevemos algo e nunca, mas nunca pensamos duas vezes antes de publicar, porque estas são palavras...sem filtro.

Se quiserem perceber um pouco do que vos digo podem seguir a Isabel e as suas histórias diárias aqui: facebook.com/isabelsaldanhaphotography

Mas não consigo resistir a deixar aqui 2 textos que a mim me tocaram especialmente em dois momentos diferentes, não os classificando pela sua qualidade mas pela magia de me falarem ao ouvido naqueles dias.
"Tenho uma amiga que quando me liga, costuma dizer sempre:
Estou te a ligar porque és a minha amiga mais feliz! Eu rio-me, agradecida. Sou feliz sim e quando não sou tanto assim, colo-me a ideia de que a tristeza é uma condição provisória, nem sequer lhe dou a importância de construir um abrigo, acho que quando nos defendemos muito o inimigo anima-se. Às vezes não percebo que haja tanta gente a viver numa consciência envergonhada de ser feliz, como se a tristeza fosse a maturidade da vida e um adulto feliz fosse um palhaço por disfarçar. Pouco me interessa se a alegria em excesso possa ser confundida com uma bebedeira em vida. Problemas toda a gente tem é um facto. Também nem toda a gente nasce com a sorte de ter um plug-in que dá "amonas" valentes a tudo o que tenta minar essa construção.
É inevitável, a tristeza irrompe sempre pela vida, o importante mesmo é não lhe dar conforto que chegue para se instalar. Como aquelas pessoas chatas que para apressar recebemos em pé.
Penso imensas vezes sobre as razões porque insisto tanto em ser feliz. Acho que à força de querer tanto já não sei ser outra coisa. E não tenho medo nenhum de o afirmar, porque também existem uns tantos teóricos da vida que acham que as coisas boas se guardam no cofre, eu prefiro saldar gargalhadas numa venda de garagem. Acho que é inegável que existe uma cumplicidade grande entre o sofrimento bem digerido e a maturidade. As melhores pessoas que conheço não são as tristes, são aquelas que digeriram a tristeza da vida e converteram isso em fermento de carácter. E essas pessoas, também não são aquelas que passam a vida a acusar a sua condição de orfandade para se fazerem grandes empoleirados na tristeza. São aqueles que choraram na altura certa, que deram o desconto ao sadismo da vida, que condescenderam desde novos com as incongruências do destino, que não desistiram dos seres humanos só porque nem tudo era perfeito, nem ficaram reféns na procura passiva do sentido de justiça. Essas são as pessoas TOP! São os amantes da vida. A malta que aprendeu a sacudir a poeira dos maus momentos com património de felicidade, são os que acreditam genuinamente nas pessoas e por isso ainda se surpreendem, são os que perceberam a dimensão do tempo e por isso conseguem viajar a partir de qualquer lugar. Essas pessoas que conheceram a evidência mais crua da vida são as que mais conseguem criar, são as que olham para uma planície árida e imaginam uma floresta imensa. Essas pessoas sentem-se responsáveis por animar o mundo, só porque se sentem agradecidas por serem animadas. Essas pessoas são guerreiras porque acreditam que o sentido maior da paz nasce na tranquilidade serena de aceitar que algumas batalhas da vida são feitas para perder. A dimensão do tempo é a dimensão da vida. O passado tem apenas o efeito edificante de nos lançar para o futuro e o presente é o lugar em que acontece tudo. Ninguém cuida muito das pessoas felizes porque elas parecem estar sempre bem. E as pessoas felizes sabem que têm que estar bem porque aprenderam a cuidar de si mesmas.
Não sei se sou a amiga mais feliz, mas sei que enquanto vou podendo, vou vivendo, sem medo, de ser apenas, feliz."


"Se procurasse nos álbuns, com sorte, talvez encontrasse uma foto enternecedora de um pai vintage com calças à boca de sino, camisa cintada de golas pontiagudas e uma criancinha loira com chapeuzinho de elástico na cabeça, sapatos ortopédicos e meias pelo joelho, que seria eu. Depois, punha uma legenda amorosa e era tudo mentira, porque um pai não se forja numa Polaroid, forja-se na presença dos dias, no impulso do carinho, na constância, no temperar da impaciência, na resiliência, na perspectiva de um futuro e no colo demorado. Não tive essa sorte, tive outras. O meu pai, da pasta só tinha o título. E como respeito o sentido etimológico das palavras desde que tinha idade para estar ao colo de um pai, passei a chama-lo "Senhor".
Que me perdoe o Senhor lá de cima que apesar de também aparecer pouco, dizem que quando dá os ares da sua graça, faz milagres. Sabia o que era um pai e tive um avó que desejei com muita força que tivesse o cabelo mais escuro para fazer as vezes de pai. Fiz me pessoa sem essa figura e não dramatizo, mas quando era criança, dava por mim a pensar qual seria o critério em falta para coxear como filha, pensei que isso estava lavrado no código das relações e quis denúncia-lo por incumprimento, mas o amor não se oferece a penas e cresci assim, forjando-me como sabia no amor a mim mesma. Mas vocês não loirinhas. Vocês tiveram a sorte de ter um pai à altura dos sonhos que tive para mim. E hoje quando dou por mim a invejar a forma voraz com que soletram Pai, dou por mim a pensar que o vosso amor próprio tem a dose certa do amor do pai e do amor desta mãe que recolhe muitas vezes ao quentinho do vosso colo para matar as saudades de uma fotografia que nunca conseguiu encontrar."

os blogs e as mulheres

8.3.12
this is nothing but dreaming

[Hoje excepcionalmente apeteceu-me partilhar aqui também o post que fiz para o Quarto de Mudança (ou terá sido o contrário?) Porque é uma visão muito pessoal e porque esta visão nasceu deste blog e de todos os caminhos que ele me tem mostrado ao longo dos últimos anos da minha vida!]

Não querendo fazer deste post um hino ao dia da mulher ou algo semelhante, nem machista ou feminista, eu acho que os blogs têm uma relação íntima com as mulheres na Internet.
Foi através dos blogs que milhares de mulheres em todo o mundo, criaram páginas e falaram sobre as 'vidas feitas em casa' de uma forma tão positiva e apelativa que, de repente, quando pensamos em mães que ficam em casa a cuidar das suas famílias, já não temos a mesma imagem que tínhamos há alguns anos atrás. Uma imagem que atirava as mulheres para um sítio qualquer entre a domesticidade básica e a futilidade de preocupações meramente estéticas.
Elas trouxeram para a blogosfera as suas casas, as suas famílias, os seus pensamentos, e engrandeceram-nos, tornando-os alvo de admiração, fonte de inspiração, referências para jornais e revistas e para milhares de pessoas, e conseguiram, de uma forma positiva, dizer ao mundo que ser mulher, mãe e dona de casa não era um descrédito para ninguém, mas sim um trabalho tão ou mais enriquecedor do que qualquer outro que é alvo de uma remuneração e está fechado em quatro paredes rodeado de pessoas de gravatas e saltos altos.
Estes blogs e estas mulheres marcaram a diferença e criaram uma comunidade criativa com negócios online, profissões liberais, opiniões de referência, mostrando que uma mulher mãe e cuidadora é também intelectual e tem uma  posição forte relativamente ao mundo e às decisões que toma todos os dias.
Fizeram das casas e das famílias lugares onde apetece estar e inspiraram tantas outras mulheres a libertarem-se de conceitos impostos por uma sociedade que nos quer todos iguais, com profissões e formas de estar na vida semelhantes. Mostraram que as opções existem e que todos as podemos tomar!
Obrigada à blogosfera por tornar tão fácil a publicação de uma página online e à Internet por nos abrir uma janela para mundo todos os dias, que nos inclui e na qual podemos marcar a diferença!

we're all weird

10.2.12

Success Mag interview, 2012 from Seth Godin on Vimeo.

para quem anda por aí a tentar fazer 'coisas' esta é uma entrevista para se ouvir com muita atenção.
é bom para perceber como funciona a ferramenta mais poderosa de sempre: a internet!
a sério, ouçam mesmo, vale a pena.

as maravilhas da internet

13.12.11
ao contrário de alguns dias, em que a internet só me faz perder tempo, há outros dias em que parece que cada click que faço foi mesmo pensado para mim.

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click 1:



































ultimamente ando a sentir-me a rainha das sopeiras! verdade. já pensei fazer umas fotos para nos rirmos um bocado, mas depois sabem como é...torna-se complicado para nós que temos de nos expor e ainda achar piada. todos os dias passo de um fato de treino para outro e calço, quase invariavelmente as mesmas sapatilhas. praticamente não faço nada para cuidar de mim e começo a achar isso normal. os meus gorros e turbantes começam a ter uma função menor, que é esconder cabelos despenteados ou a precisar de um bom cabeleireiro. bem, hoje no blog menina rapaz saiu o post que eu estava mesmo à espera! preciso de tentar fazer uma coisa destas um dia destes (quando não sei) só pela piada de me transformar e para me lembrar que ser uma rapariga pode ser mesmo muito divertido!

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click 2:




o projecto amélie:
"Pequenas acções que tenham como objectivo mudar o mundo. Acções desinteressadas, que façam alguém sorrir, sentir-se melhor, emocionar-se, etc. Qualquer coisa que mude o dia a dia de algumas (mas basta uma) pessoas."

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click 3:
ouvir as palavras do seth godin, traduzidas pelo pedro, a fazerem sentido na minha cabeça:

"Isola-te de pessoas furiosas com tudo e todos

Expõe-te a arte que ainda não compreendes
Mede com precisão os resultados que são importantes
Torna-te cego a todas as estatísticas que não interessam nem ao Menino Jesus
Falha com frequência
Faz coisas e mostra-as, vende-as, entrega-as, partilha-as
Lidera mais e perde menos tempo a gerir
Procura situações de desconforto
Cria impacto nas pessoas que são importantes para ti e realmente te interessam
Torna-te melhor nas tuas capacidades que te distinguem dos outros e fá-lo melhor que qualquer um outro
Não copies tanto e cria mais
Faz mais discursos
Ignora o aconselhamento não solicitado"


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click 4:
OTBT boots
























descobrir estas botas, em saldo (ainda assim caras demais para o meu bolso!) numa loja com coisas lindas e com um blog igualmente interessante (na sequência da visita ao blog menina rapaz).

(nota: as fotos e frases entre aspas neste post têm origem nos blogs/sites referidos)







the greatest calendar ever!

10.12.11

Dec 03 - A Big Hunk O' Love by Elvis Presley from lewisnluke on Vimeo.

15th December - Surfin' USA by The Beach Boys from lewisnluke on Vimeo.

www.theartofdancing.co.uk 

eu sei que há por aí grandes artistas a fazer calendários lindíssimos para 2011, e que também há grandes bailarinos a apresentar óptimos espectáculos, mas eu, para 2011, só quero acordar com este calendário!
só tenho vontade de me levantar e dançar até não aguentar mais das pernas. viva, viva, viva, o descomplexado e divertido mundo da internet!
este é talvez o melhor site que já visitei e uma ideia que me deixa a pensar...ahahahah...amigos e amigas, vamos a um dueto?

to like or not to like

15.11.11
(fotografia do site modcloth)




esta semana que passou foi intensa! nunca imaginei que a minha micro loja pudesse ter uma recepção tão calorosa:)
agradeço a todos os comentários, e-mails, divulgação, palavras de apoio e entusiasmo que recebi nestes últimos dias. acho que o meu novo projecto se identifica naturalmente comigo, é orgânico e por isso não precisa de muito esforço, o que para mim é uma batalha ganha, pois sinto que encontrei o parceiro ideal para o meu blog. estou feliz e por isso cheia de novas e boas energias.
bem, mas este post não é para 'passar graxa' ao pessoal, ou a imagem lá de cima não faria qualquer sentido! é que ando, mais do que nunca, farta do facebook. é um vício pegajoso, é o que eu acho. não quero sair de lá porque sinto que é o único sítio em que me ligo a pessoas que de outra forma nunca 'veria', também porque é através dele que leio e sei de novidades que me interessam muito concretamente. gosto também de acompanhar alguns 'passadores de música' com gostos semelhantes ao meu. mas a verdade é que a maioria do tempo em que por lá passo, não vejo nada de interessante e a expressão que me ocorre frequentemente é 'who cares?'. já fiz o exercício de não o ligar durante uns tempos, e a sensação que fica é a de que estamos por 'fora' de tudo. estranho, muito estranho, porque há pouco tempo atrás não o usava e nunca lhe tinha sentido a falta. é daquelas necessidades que nos são impostas e que se entranham quase sem darmos por elas. ok, eu sei que posso 'limpar' o meu mural de coisas que não gosto, fazer grupos específicos e arrumar a coisa de maneira a ficar mais interessante para mim, mas isso dá-me muito trabalho e consome-me tempo, que é coisa que não quero perder por lá.
no outro dia estava a lembrar-me de uma conversa que tinha tido sobre a utilização intensa de computadores e internet em minha casa, há já alguns anos, e uma quase ausência de televisão. o que para a maioria das pessoas parece estranho. acho que a minha casa, é a única que conheço que ainda não tem daquelas televisões 'fininhas'! na altura eu justificava essa situação dizendo que a televisão era invasiva, obrigando as pessoas a consumir os seus conteúdos e as ideias e palavras daqueles que têm o privilégio de estar do lado de dentro da 'caixa'. por outro lado, a internet é mais livre e independente. somos nós que escolhemos o que queremos ver e ouvir e, temos acesso a um sem número de pessoas e conteúdos que produzem pensamento livre e individual.
pois com o facebook já não é bem o que sinto. às vezes imagino o facebook como se de um espaço físico se tratasse, e nesse espaço está muita gente, com pouco ar para respirar, todos falam alto e de forma autista e quase ninguém ouve nada. tudo isto, acompanhado de uma música muito alta e de milhares de imagens que passam em ecrãs a uma velocidade estonteante.
eu não sei se gosto ou se não gosto. sei que consumo menos, porque ando ocupada numa vida 'física' que me preenche as mãos, o tempo e o coração. gostava de incrementar mais o meu blog e trabalhar a fotografia, e vou fazer disso, a par com o 'choose your own head' os meus grandes objectivos para o novo ano que se aproxima. preciso de concentração e foco, é isso...e um pouco de organização também dava jeito:)

off the line

29.9.11
cooler & nikon match ultimamente tem sido assim, mais fora da linha, que é como quem diz desligada, menos internet, menos facebook, menos youtube, menos mails, menos, menos...
mais tempo, mais ideias, mais coisas feitas, obstáculos ultrapassados!
não quero com isto dizer que quero estar OFF, não quero, adoro andar por aqui, não o faço por vício, mas sim por prazer. quero fazer mais fotografias, mais posts, trazer mais novidades, ter coisas para dizer e desabafos para mandar ao ar.
eu adoro o meu blog (sim, é um pouco narcisista, mas é mesmo assim)!

Nota: colar 'cooler' +  nikon = boa combinação

give me some new blogs

21.3.11
cor

fazendo bem as contas, já cá ando, por estes lados virtuais, há uns bons anos.
nunca como agora tive tanta necessidade de procurar novos blogs, sites de tendências, informação, lojas, etc. pela natureza dos meus projectos como é claro, mas também pelo marasmo instalado na blogosfera.
já aqui falei no efeito facebook nos blogs, o que levou muita gente a desistir ou utilizar os seus "conteúdos" em posts instantâneos em vez de os desenvolver um pouco e falar qualquer coisa um pouco mais pessoal sobre eles.
o mundo da blogosfera americana é uma outra realidade, muito mais profissional, mas também muito mais standardizada. serve um determinado propósito, sem dúvida, mas não me consigo ligar emocionalmente a blogs demasiado profissionais, estruturados, com temas recorrentes no mesmo dia da semana e com o típico "bom fim de semana" na sexta-feira, porque como em qualquer trabalho, também aqui estes bloggers não trabalham ao fim de semana.
acabo por me ligar mais às pessoas que os blogs transmitem do que propriamente aos seus conteúdos. mas depois lá está, blogs sem posts frequentes morrem rápido na memória da internet.
por isso peço-vos aqui uma injecção de opiniões:
- quais são os vossos blogs favoritos?
- contactos favoritos no flickr?
- qual a vossa última grande descoberta na internet?
- jornais e revistas online
- lojas favoritas
- bloggers divertidos
- ou o que vocês acharem digno de partilhar comigo e com outros leitores que me visitem...

come on, make my online days more exciting!

as maravilhas da internet

28.1.11
baby stuffswaddlebabete by zélia évora

num tempo em que quase todos navegam pela internet, como meros leitores, activos produtores de conteúdos, trabalhadores ou utilizadores de redes sociais, é bom saber porque e como cá andamos, o que nos move e nos prende a um mundo virtual, que por mais que sejamos conhecedores nunca dominamos integralmente e talvez essa seja a grande atracção da world wide web!
cada vez mais ouço pessoas a falarem do tempo que a internet lhes rouba, que o facebook não tem qualquer utilidade, e que os blogs já passaram à história, mas eu, que também penso muitas vezes estas coisas, acabo por fazer um balanço muito positivo da minha presença de há já vários anos online.
já sou capaz de distinguir com muita facilidade o quê e quem me interessa ler e acompanhar, assim como quem tem preferência por um jornal, ou programa de televisão, eu tenho as minhas preferências pelos sites, blogs e pessoas. e a verdade é que tenho aprendido muito mais nestes últimos anos online do que muitos livros já me tentaram ensinar e do que a televisão me tentou impregnar.

ontem, foi um desses dias, em que, uma vez mais experimentei as maravilhas da internet. recebi um bom livro sobre bebés, que tenho andado a explorar, que pertence à zélia, uma doula de portugal, presença assídua no meu dia-a-dia na internet e que, sem qualquer hesitação se ofereceu para mo emprestar, o enviou pelo correio juntamente com este belo presente feito por ela para a minha simone.
ora, isto é ser-se generoso e confiante nos outros, coisa que, posso garantir, muita gente que se cruza todos os dias, bebe café, fala durante horas, não o é...

e foi assim que eu, mãe de "segunda volta" aprendi pela primeira vez a "embrulhar" correctamente um bebé na sua manta, que até hoje ainda não tinha tido ninguém para me ensinar:) obrigada zélia!

um projecto a várias mãos

3.2.10

montra, originally uploaded by silvia - raparigascomonos.

na semana passada mudamos as boas-vindas, esta semana resolvemos incrementar um pouco a montra da loja!
mas há que dar os créditos a quem de direito e por isso vou abrir aqui um pequeno momento publicitário. porque o nosso projecto não se fez nem se faz apenas pelas nossas 4 mãos, mas sim pela união a outras pessoas com outros projectos que nos apoiam e nos dão as ferramentas para 'levantar voo'.
o pedro e o seu projecto agitato foi uma das primeiras pessoas a quem recorremos a pedir socorro. foi com uma rapidez incrível que ele arregaçou as mangas e nos introduziu ao joomla, desbravou connosco as dificuldades do shopify e criou a nossa presença online integrando as ferramentas de diferentes origens que decidimos usar. de uma forma muito simples e falando a mesma linguagem construímos em conjunto a lojadestar.com e fomos ultrapassando as dificuldades que surgiram sempre com a melhoria do projecto em vista. muito mais do que um fornecedor de serviços, a agitato foi um impulsionador da nossa ideia de quem usamos e abusamos para pedir apoio. e ele tem estado lá...e por isso fica aqui o meu agradecimento sincero e a divulgação de um projecto que também desejo ver crescer durante muito tempo.

a cara por detrás do ecrã

9.1.10
fotografiaridingno, i can't

hoje conheci pela primeira vez, ao vivo e em pessoa, alguém que apenas contactei pela internet e cujo blog costumo ler. há muitos blogs que leio há muito tempo e até algumas pessoas com quem realmente "converso" pela internet, mas nunca tinha conhecido efectivamente uma. e agora que há uma cara e uma voz por detrás do site, tudo faz mais sentido. e é muito engraçado aquela sensação de que "é uma pessoa normal como nós"...assim de uma forma simples e simpática. claro que a leitura do blog nunca mais vai ser a mesma, mas acho que vai ser ainda mais interessante, porque de repente tornou-se humana. enfim...acho que passo aqui tantas horas do meu tempo, que preciso de "ver" pessoas para além das ideias e dos gostos que são geralmente partilhados.

--- (mudança de assunto) ---

já cheguei (há muito tempo) à conclusão de que sou uma pessoa medrosa. já vivi algumas das situações mais difíceis que poderia ter imaginado sem nunca "cair" ou "desistir", e por isso criei aquela imagem de força. mas realmente não sou...sou assim um pouco medricas. o que fazer?
quero muito, mas muito "pegar na minha bicicleta e pedalar", mas estou assim como que na linha de partida à espera que um dos meus primos me venha empurrar com muita força para eu saltar a rampa e dar com a cara no chão....porque eu, por mim, parece que não ganho lanço...eh pá não sei....se calhar vou por um motor nesta coisa:)

ilustração da bicicleta de helena reis na loja de estar
gorro de laçadas das raparigascomonos na loja de estar

a rede | the net

12.12.09

rede, originally uploaded by silvia - raparigascomonos.

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please scroll down for english -

se por vezes acho que passo demasiado tempo à frente do computador e nomeadamente na internet (cada vez mais), outras vezes acho que é aqui que encontro muitas das respostas às minhas questões e dúvidas existenciais:) sim, porque alguém algures no mundo com certeza já se perguntou ou pensou algo semelhante ao que eu me pergunto...básico, não é?

num dos blogs (swiss miss) que visito diariamente, no outro dia li isto:

"Career advice from Charlie Hoehn:

Therein lies the best career advice I could possibly dispense: just DO things. Chase after the things that interest you and make you happy. Stop acting like you have a set path, because you don’t. No one does. You shouldn’t be trying to check off the boxes of life; they aren’t real and they were created by other people, not you. There is no explicit path I’m following, and I’m not walking in anyone else’s footsteps. I’m making it up as I go.

(via kottke)"


lá está uma vez mais, a frase do filme "into the wild":
a carreira é uma invenção do século XXI

conclusão: gostava que o mundo parasse de me perguntar o que é que eu quero ser. ser, eu já sou...uma pessoa. fazer, faço o que me apetecer...mas faço...não se preocupem.

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If sometimes I feeel I spend too much time in front of my pc and mainly the internet, other times I think that it’s here I find many of the answers to my questions and existential doubts. somewhere else in the world someone must already had the same questions as me… kind of simple, ah?

in one of the blogs (swiss miss) I visit daily, I read this the other day:


loja de estar at swiss-miss

29.11.09


a loja de estar foi referida no site swiss-miss com o espectacular boneco das barbas da matilde beldroega.
em poucas horas já fomos de NY para o Japão, Austrália, Canadá, México, Brasil...enfim pelo mundo fora!!!!

[english]

loja de estar is at swiss-miss website along with our great beard men doll by matilde beldroega.
in a few hours we have gone from NY to Japan, Australia, Canada, Mexico, Brazil ... well we are travelling around the world!!

socialnomics

7.9.09

socas

20.6.09

ando a ficar cada vez mais habituada a fazer compras pela internet. a falta de tempo e o facto de os shoppings não me transmitirem uma sensação muito boa, faz com que as compras online se tornem cada vez mais uma realidade para mim.
confesso que sapatos nunca pensei em comprar...
tenho muita dificuldade em encontrar sapatos de que goste e principalmente que não me magoem.
estas socas são da sweddish hasbeens e andava há muitos meses a namorá-las. a verdade é que quando chegaram ficavam-me muito pequenas, e depois de as trocar ficam largas demais.
conclusão: comprar sapatos pela internet não é lá grande ideia.
já conversei seriamente com os meus pés e concordamos que nos vamos habituar a andar mais folgados, senão o prejuízo pesa-me demais na consciência:):)

uuuaaaauuuuu

16.1.09

entre outras coisas muito interessantes, ver esta aqui!

polaroid

5.1.09

polaroid, originally uploaded by silvia - raparigascomonos.

não vale a pena descrever, mas vale a pena experimentar!
em www.poladroid.net
obrigada alice:)